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ARTIGO ATUALIZADO – Na França a bola oval tem muito pouco descanso. Menos de um mês após o fim da última temporada, os 14 melhores clubes franceses entrarão em campo nesse fim de semana para a largada da temporada 2016-17 do Top 14, a liga mais rica do mundo, que será a primeira das ligas europeias a dar sua largada – e mão teve ainda transmissão confirmada para o Brasil, devendo ter apenas algumas rodadas disponíveis na TV5 francófona.
O pontapé inicial para o Campeonato Francês será dado nesse sábado, dia 20, e ao longo de toda a temporada regular os 14 clubes se enfrentarão em turno e returno, com a última rodada da primeira fase sendo concluída no dia 7 de maio de 2017. As repescagens serão nos dias 19 e 20, ao passo que as semifinais rolam em Marselha (sede neutra) entre 26 e 28. A grande final voltará a ser disputada em Paris, no Stade de France, marcada para o dia 4 de julho, o que tornará o Top 14 a última liga europeia a se encerrar. O campeão levará para casa o tradicional Bouclier de Brennus, nome dado à taça do Campeonato Francês.
Entre as particularidades da competição estão seu sistema de ponto-bônus, diferente dos sistemas adotados pela Champions Cup europeia, pela Premiership inglesa e pelo PRO12 ítalo-celta. Na França, o ponto-bõnus ofensivo é conferido somente ao time que vence sua partida com 3 ou mais tries de diferença. O ponto-bônus defensivo é também diferente do usado no resto do mundo, sendo dado ao time que perde por 5 ou menos pontos de diferença.
Com o maior teto salarial do mundo – 10 milões de euros por time – o Top 14 viveu uma temporada de contratações milionárias, como sempre, com seus principais clubes se reforçando. Entre os nomes de destaque que chegaram à França estão os neozelandeses Victor Vito (La Rochelle) e Isaia Toeava (Clermont), os australianos Joe Tomane (Montpellier), Liam Gill (Toulon) e Michael Harris (Lyon), o irlandês Ian Madigan (Bordeaux), o galês Aaron Jarvis (Clermont), o argentino Horacio Agulla (Brive), os fijianos Leone Nakarawa (Racing) e Nemani Nadolo (Montpellier), o japonês Ayumu Goromaru (Toulon), o italiano Leonardo Ghiraldini (Toulouse) e o georgiano Vasil Lobzhanidze (Brive). O torcedor francês, contudo, se despediu já dos auatralianos Lachlan Turner (que foi para a Inglaterra), Sekope Kepu e Quade Cooper (que retornaram ao Super Rugby), do neozelandês Sitiveni Sivivatu (aposentado), dos galeses, Luke Charteris, Mike Phillips (que foram para a Inglaterra) e Jonathan Davies (que voltou ao PRO12 galês) e de seus ídolos franceses Louis Picamoles (que se mandou para a Premiership), Nicolas Mas e Clément Poitrenaud (aposentados). Clique aqui para conferir as transferências na França para 2016-17.
1ª rodada
Dia 20/08:
Stade Français x Grenoble
Lyon x Brive
Toulouse x Montpellier
Bordeaux x Racing
Castres x Pau
La Rochelle x Clermont
Dia 21/08
Bayonne x Toulon
Clubes
Aviron Bayonnais – Bayonne
Cidade/Estádio: Bayonne – Stade Jean Dauger (17 mil lugares)
Títulos: 3 títulos do Campeonato Francês (1913, 1934, 1943)
2015-16: Vice campeão da Pro D2 (2ª divisão)
2016-17: Retornando ao Top 14 depois de passar somente uma temporada na segunda divisão, o Bayonne terá como grande objetivo permanecer na elite. O time basco buscou se reforçar em especial no pack, trazendo o ex All Black Tanerau Latimer e o escocês Johnny Beattie para a terceira linha e o pilar georgiano Davit Khinchagishvil, entre outros. Destaque para a pontaria do fullback argentino Martin Bustos Moyano e para o fijiano Lovobalavu.
Union Bordeaux-Bègles
Cidade/Estádio: Bordeaux – Stade Chaban Delmas (34 mil lugares)
Títulos: 11 títulos do Campeonato Francês (9 títulos do Stade Bordelais, 1899, 1904, 1905, 1906, 1907, 1909, 1911, e 2 títulos do Bègles, 1969, 1991)
2015-16: 7º lugar
2016-17: Dono da melhor média de público da Europa, o Bordeaux vem crescendo desde que assumiu o controle do estádio Chaban-Delmas, depois da saída para uma nova casa do time local de futebol. O Bordeaux tem um potencial imenso para crescer e se colocar no centro do mapa da ovalada francesa. Porém, a equipe ainda precisa dar um passo decisivo adiante, já que entrará em 2016-17 com a pressão de não ter jamais desde que subiu à elite francesa (2011) alcançado o mata-mata do Top 14, terminando em sétimo lugar, uma posição abaixo da zona de classificação, nas duas últimas temporadas, após ter seriamente flertado com o G6 durante todo o campeonato. Comandado pelo técnico Raphael Ibañez, o UBB investiu e terá Ian Madigan jogando ao lado de Adam Ashley-Cooper e o jovem scrum-half Baptiste Serin para formar uma interessante linha, que mesclará experiência e juventude. O negativo foi a perda do definidor Sofiane Guitoune, para o Toulouse. Depois de ter passado muito perto da classificação ao mata-mata, o Bordeaux parece mais do que nunca maduro o bastante para chegar lá. Mas isso não ocorrerá com folgas. Haverá luta até o fim do time da Aquitânia.
Club Athlétique Brive Corrèze Limousin
Cidade/Estádio: Brive – Stade Amédée-Domenech (16 mil lugares)
Títulos: 1 título da Heineken Cup/Champions Cup (1997)
2015-16: 8º lugar
2016-17: Dono do orçamento mais limitado do Top 14, o humilde Brive está longe de repetir os anos de glória quando em 1997 foi campeão europeu. Nos últimos anos, o Brive vinha sendo cotado para apenas brigar por sobreviver na elite, mas em 2015-16 os alvinegros fizeram uma campanha muito honrosa, fechando a temporada em oitavo lugar. Com investimentos baratos e inteligentes, o time de Limousin se reforçou bem e tem como objetivo ficar longe o bastante da zona da degola, já que a classificação ao mata-mata ainda parece um sonho pouco provável. O jovem scrum-half georgiano Vasil Lobzhanidze é a novidade promissora no elenco.
Castres Olympique
Cidade/Estádio: Castres – Stade Pierre Antoine (11,5 mil lugares)
Títulos: 4 títulos do Campeonato Francês (1949, 1950, 1993, 2013)
2015-16: Eliminado na Repescagem – 6º lugar na temporada regular
2016-17: Depois de explodir em 2013 surpreendendo a todos com um brilhante título francês, o Castres pareceu declinar, sentindo o peso de estar baseado em uma cidade pequena dentro de um campeonato milionário. Mas, em 2015-16, o pequeno notável foi muito bem e seguiu provando a força de sua fortaleza de Pierre Antoine, onde raramente perde. O Castres chegou novamente ao mata-mata e coloca esse objetivo mais uma vez para seu elenco, que terá a missão de manter o time em evidência no país. Nomes importantes foram perdidos, como sempre, como os escoceses Gray e Beattie, os neozelandeses Wulf e Sivivatu e o francês Lamerat, mas nomes interessantes chegaram a Castres, como o sul-africano Ebersohn, o argentino Agulla e o tonganês Steve Mafi. O técnico Christophe Urios, que levou o pequeno Oyonnax à elite francesa e à Champions Cup, é o cérebro capaz de fazer elencos pouco badalados vingarem e ele deposita a confiança em atleta que já havia comandado no Oyonnax, como o abertura argentino Urdapilleta, que faz grande dupla com Rory Kockott.
Association Sportive Montferrandaise Clermont Auvergne
Cidade/Estádio: Clermont-Ferrand – Parc des Sports Marcel Michelin (18 mil lugares)
Títulos: 1 título do Campeonato Francês (2010) / 2 títulos da Challenge Cup (1999, 2007)
2015-16: Semifinalista – 1º lugar na temporada regular
2016-17: O time amarelo, que vem fazendo jus à cor de sua camisa, vai a mais uma temporada forte demais para ser colocado fora do páreo pelo título, mas envolto de uma habitual desconfiança pelos inúmeros fracassos nas fases finais, tanto do Top 14 como da Champions Cup. O Clermont segue certamente sendo um dos grandes favoritos a todos os campeonatos que disputa, mas tem como tarefa crucial afastar todos os fantasmas que rondam o estádio Marcel Michelin. O técnico Franck Azéma tem, com isso, um grande desafio para o qual a sombra do velho treinador do time Vern Cotter, campeão de 2010, ainda pesa. Os Jaunards perderam Jamie Cudmore, Jonathan Davies e não terão mais o australiano Brock James e fizeram reforços cirúrgicos, com Sitaleki Timani, Isaia Toeava e Rémi Lamerat sendo contratados para substituírem os ídolos, além do pilar galês Aaron Jarvis. O Clermont teve ao longo de 2015-16 muita oscilação, inclusive em casa, mas acabou sendo capaz de garantir o primeiro lugar geral, para cair nas semifinais apenas no tempo extra contra o Racing. O time tem nomes fortes em todas as posições, com Damian Chouly e Thomas Domingo liderando um pack poderoso, certamente um dos mais temidos da Europa, com Kayser, Debaty, Zirakashvili, Jedrasiak, Flip van der Merwe, Vahaamahina, entre outros, e com o veterano Aurélien Rougerie e o contestado Morgan Parra conduzindo uma linha brilhante, de Fofana, Abendanon, Strettle, Gear, Nakaitaci, Spedding & cia. Respeito pelos Vulcões, sempre.
Football Club de Grenoble Rugby
Cidade/Estádio: Grenoble – Stade des Alps (20 mil lugares)
Títulos: 1 título do Campeonato Francês (1954)
2015-16: 10º lugar
2016-17: Sempre discreto, o Grenoble veio trabalhando nas últimas temporadas para se manter na elite francesa, com alguns lampejos e flertes com o G6. No último ano, o time dos Alpes teve humilde campanha e não contratou grandes nomes, o que significa que sua ambição não é alta e que deve se restringir a brigar para permanecer no Top 14. O scrum-half David Mélé, ex Toulouse, o segunda linha irlandês Alastair Muldowney, campeão do PRO12 com o Connacht, e o astro fijiano do Rugby League Sisa Waqa, que tentará o Union nesta temporada depois de deixar a NRL australiana, são as novidades no grupo do técnico irlandês Bernard Jackman.
Stade Rochelais – La Rochelle
Cidade/Estádio: La Rochelle – Stade Marcel Deflandre (15 mil lugares)
Títulos: 0
2015-16: 9º lugar
2016-17: Sensação da última temporada, tendo flertado com a metade de cima da tabela, o La Rochelle promete deixar de vez de brigar contra o rebaixamento para ambicionar ser grande e almejar o mata-mata e a classificação inédita à Champions Cup. Para isso, os “Atlânticos” contrataram um dos grandes nomes do Super Rugby da última temporada, o All Black Victor Vito, campeão com os Hurricanes com performance notável. Além dele, a experiência do abertura Brock James prometem dar ao Stade Rochelais o talento extra do qual necessita para querer dar um passo adiante.
Lyon Olympique Universitaire
Cidade/Estádio: Lyon – Matmut Stadium (8 mil lugares) e Stade Gerland (25 mil lugares)
Títulos: 2 títulos do Campeonato Francês (1932, 1933)
2015-16: Campeão da Pro D2 (2ª divisão)
2016-17: Clube da terceira maior cidade da França e da segunda maior região metropolitana do país, o Lyon Olympique Universitaire quer ser grande. Os Lobos assumirão um grande estádio no fim deste ano, o histórico Gerland, e não apostam mais apenas na credencial de campeões da Pro D2 para permanecerem na elite. O Lyon esteve em 2014-15 na primeira divisão e sem grandes investimentos acabou voltando à “segundona”. Agora, a missão do clube foi investir para se assegurar no Top 14, trazendo a experiência e genialidade de Fréd Michalak, Delon Armitage, Virgile Bruni e Alexandre Menini, que deixaram o Toulon para ajudarem a construir o projeto de Lyon. O neozelandês Rudi Wulf, o australiano Mike Harris e o destaque sul-africano François Mostert, segunda linha vice campeão do Super Rugby com o Lions, estão entre as outras inteligentes contratações que reforçarão o time do técnico Pierre Mignoni.
Montpellier Hérault Rugby
Cidade/Estádio: Montpellier – Altrad Stadium (15 mil lugares)
Títulos: 1 título da Challenge Cup (2016)
2015-16: Semifinalista – 3º lugar na temporada regular
2016-17: Ambicioso, perigoso e um dos favoritos ao título. O Montpellier do técnico sul-africano Jake White deu um passo adiante em sua existência na temporada passada ao vencer seu primeiro título importante, a Challenge Cup. Depois, o clube azul recheado de Springboks alcançou a semifinal do Top 14, flertando com o título. O desempenho traz certamente confiança ao time, que vai a 2016-17 com o objetivo realista de conquistar pela primeira vez o Bouclier de Brennus. Os azuis não terão mais François Trinh-Duc e Nicolas Mas, mas as contratações de Alexandre Dumoulin, campeão com o Racing, Joe Tomane, nome forte nos Wallabies, e do fijiano demolidor Nemani Nadolo empolgam o torcedor do Montpellier, que sabe que tem um técnico competente e um elenco promissor em mãos.
Section Paloise Béarn Pyrénées – Pau
Cidade/Estádio: Pau – Stade du Hameau (14 mil lugares)
Títulos: 3 títulos do Campeonato Francês (1928, 1946, 1964) / 1 título da Challenge Cup (2000)
2015-16: 11º lugar
2016-17: O Pau cumpriu com seu objetivo em 2015-16, permanecendo na elite nacional. Agora, os verdes pensam em conquistar uma colocação intermediária mais distante da degola. Para isso, o time do técnico Simon Mannix e dos ex All Blacks Conrad Smith e Colin Slade apostou em mais experiência, trazendo o terceira linha inglês Steffon Armitage, tantas vezes campeão com o Toulon, e o oitavo australiano Ben Mowen. O Pau tem poderio para ficar longe da degola, mas deve ter muita cautela para não desandar dentro de um campeonato tão competitivo que requer elencos acima de tudo homogêneos.
Racing 92
Cidade/Estádio: Paris – Stade Olympique Yves-du-Manoir (14 mil lugares)
Títulos: 6 títulos do Campeonato Francês (1892, 1900, 1902, 1959, 1990, 2016)
2015-16: Campeão – 4º lugar na temporada regular
2016-17: O título do Top 14 francês ficou em Paris, mas neste ano foi parar nas mãos ambiciosas do milionário Racing, do empresário Jacky Lorenzetti e da dupla mais que competente de técnicos Laurent Labit e Laurent Travers. A temporada 2015-16 foi inesquecível para o tradicional decano do rugby francês, que colheu logo os frutos de contar com o astro mundial Dan Carter em seu elenco. O percurso dos Elefantes não foi tão suave, mas o time mostrou que seus pesados investimentos foram acertados, ficou com o vice campeonato europeu e com o título francês e vai a 2016-17 com a meta de levantar a taça europeia e criar uma dinastia no Top 14. O elenco poderosíssimo tem um pack dos sonhos, de Ben Arous, Chat, Ducalcon, Tameifune, Carizza, Masoe, Nyanga, Le Roux e que contará agora também com o mágico dos offload Nakarawa – direto do Rio 2016 e contratado para o lugar do galês Charteris – e Ali Williams, o veterano All Black que deixou a aposentadoria para viver um pouco mais do rugby profissional e contribuir com sua experiência de tricampeão europeu. A linha, de Carter, Talès, Andreu, Imhoff, Rokocoko, Dulin, Laulala, Goosen e Thomas, não brilhou no jogo aberto na temporada do título e teve poucos investimentos, ganhando como principal reforço o tanque ex All Blacks Anthony Tuitavake, mostrando que o objetivo do time é manter seu estilo de jogo fechado e eficiente. A aposta é em levar ao máximo da eficiência o modelo que já foi campeão.
Stade Français Club Athlétique des Sports Généraux
Cidade/Estádio: Paris – Stade Jean Bouin (20 mil lugares)
Títulos: 14 títulos do Campeonato Francês (1893, 1894, 1895, 1897, 1898, 1901, 1903, 1908, 1998, 2000, 2003, 2004, 2007, 2015)
2015-16: 12º lugar
2016-17: Campeão em um ano e no inferno no ano seguinte. Esse é o Stade Français, que levantou o Bouclier de Brennus em 2015 para depois flertar com o rebaixamento em 2016. Passar a borracha em uma temporada tenebrosa é a missão do outro gigante parisiense, que mantém basicamente o mesmo time de 2015-16. O técnico argentino Gonzalo Quesada é bom o bastante para ressuscitar o gigante, apoiando-se na liderança de Sergio Parisse e na capacidade de homens como Rabah Slimani, Pascal Papé, Antoine Burban, Willem Alberts, Will Genia, Morné Steyn, Jules Plison, Nayacalevu, entre outros, que formam um grupo estrelado que ficou devendo demais na temporada passada. É o ambiente interno do clube da capital que está em jogo. O objetivo, acima de tudo, é voltar a povoar a parte de cima. Pensar em título depois de um ano tão ruim não seria prudente.
Rugby Club Toulonnais – Toulon
Cidade/Estádio: Toulon – Stade Mayol (15 mil lugares)
Títulos: 4 títulos do Campeonato Francês (1931, 1987, 1992, 2014) / 3 títulos da Heineken Cup/Champions Cup (2013, 2014, 2015)
2015-16: Vice campeão – 2º lugar na temporada regular
2016-17: A dinastia do clube milionário do falastrão Mourad Boudjelal chegou ao fim na última temporada, com insucesso no Top 14 e na Champions Cup. Em momento algum de 2015-16 o técnico galático Bernard Laporte foi capaz de fazer render um time abarrotado de estrelas e egos – a começar pelo dele próprio. Depois de tantas conquistas, o Toulon padeceu do mau de ser um grande elenco, mas não um grande time, com um rugby de pouco brilho, apoiado muito mais no jogo físico do que no talento com a bola em mãos de seus astros. O rugby moderno, de muita velocidade e busca constante por espaços que os ingleses vem mostrando com sucesso não foi ainda replicado na Riviera Francesa que sofre com pouca ousadia técnica e apela demais ainda para a “camisa”. O Toulon tem todas as armas para voltar a brilhar, afinal, quem tem no pack Duane Vermeulen, Mamuka Gorgodze, Juan Martin Fernández Lobbe, Samu Manoa e agora Juandré Kruger, e na linha incorpora seus novos reforços Francois Trinh-Duc, Vincent Clerc e Ayumu Goromaru a nomes do calibre de Matt Giteau, Maxime Mermoz, Ma’a Nonu, Bryan Habana, Drew Mitchell, James O’Connor, Mathieu Bastareaud, Leigh Halfpenny, entre outros, não pode se queixar de nada. Resta trabalhar fora de campo para que todos rendam fisicamente o seu melhor e dentro de campo para moldar um conjunto mais moderno e com a velha eficiência. O Toulon, é óbvio, briga por tudo e é favorito.
Stade Toulousain – Toulouse
Cidade/Estádio: Toulouse – Stade Ernest Wallon (20 mil lugares)
Títulos: 19 títulos do Campeonato Francês (1912, 1922, 1923, 1924, 1926, 1927, 1947, 1985, 1986, 1989, 1994, 1995, 1996, 1997, 1999, 2001, 2008, 2011, 2012) / 4 títulos da Heineken Cup/Champions Cup (1996, 2003, 2005, 2010)
2015-16: Eliminado na Repescagem – 5º lugar na temporada regular
2016-17: Maior campeão francês, o Toulouse não vence nada desde 2012 e tem pela frente sua primeira temporada inteira sem o técnico que lhe deu quatro títulos europeus, Guy Novès. O Toulouse está pressionado, sua torcida não está acostumada às sombras e exige o velho protagonismo. O técnico Ugo Mola e o capitão Thierry Dusauotir têm muito trabalho para reconduzir o Toulouse às taças, dando a impressão de que se garantir no mata-mata já seria um objetivo. O Toulouse mostrou lampejos positivos em 2015-16 e esteve no mata-mata, mas não tem o elenco estrelado que Toulon, Clermont e Racing têm, nem vive o momento ascendente do Montpellier. O Toulouse perdeu ídolos históricos e não terá mais Picamoles, Harinordoquy, Poitrenaud e Clerc, isto é, referência de peso. Para seus lugares, o time investiu no bom Sofiane Guitoune, no líder italiano Ghiraldini e no líder escocês Richie Gray. Ainda pouco para quem precisa de títulos e, acima de tudo, confiança.
Lista de campeões franceses desde 1995-96 (Era Profissional)
1 – Toulouse – 7 títulos
2 – Stade Français – 6 títulos
3 – Biarritz – 3 títulos
4 – Castres – 1 título
Clermont – 1 título
Perpignan – 1 título
Racing – 1 título
Toulon – 1 título
Lista de maiores campeões franceses (desde 1892)
1 – Toulouse – 19 títulos
2 – Stade Français – 14 títulos
3 – Béziers – 11 títulos
4 – Union Bordeaux-Bègles – 9 títulos (7 títulos do Stade Bordelais e 2 títulos do Bègles)
5 – Agen – 8 títulos
Lourdes – 8 títulos
7 – Perpignan – 7 títulos
8 – Racing – 6 títulos
9 – Biarritz – 5 títulos
10 – Castres – 4 títulos
Toulon – 4 títulos
12 – Bayonne – 3 títulos
Pau – 3 títulos
14 – Lyon – 2 títulos
Narbonne – 2 títulos
Tarbes – 2 títulos
17 – Clermont – 1 título
Grenoble – 1 título
Montauban – 1 título
Mont de Marsan – 1 título
Carmaux – 1 título
La Voulte – 1 título
Quillan – 1 título
Vienne – 1 título
Olympique Paris – 1 título*
Lyon FC – 1 título*
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