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Tudo feito, tudo decidido e tudo por decidir… a fase regular do Super Rugby chegou ao final com muitos tries e alguma tristeza para outros. Os Lions perderam o 1º lugar da fase regular, os Hurricanes passaram de 4º para 1º graças à vitória frente aos Crusaders e o fato dos Highlaners terem derrotado os Chiefs. Os Waratahs ficaram de fora da fase final, 1ª vez em 3 anos, com o super Israel Folau a não ter hipótese de continuar a sua demanda pelo controle do “Homem-Try”. Do outro lado, Stormers e Sharks são as outras duas equipes sul-africanas que avançaram até aos quartas de final, ficando os Bulls a ver a competição só pela “televisão” com a desilusão Jaguares a precisarem de ganhar outra “fome” e concentração. Um ano quente, 17 jornadas, 15 jogos por equipes, 869 ensaios (os Lions no topo com 71 e os Force no fim com 25), 116569 metros conquistados (maus uma vez, os Lions no topo com mais de 8 km’s) e muito mais números.
Poderíamos continuar a apresentar outros números e dados mas, hoje vamos trazer uma novidade ao nosso “palco” de previsão do que aí ainda vem… contamos com a opinião de Diogo Stilwell (jogador português do RC Santarém e antigo atleta do Sporting, Agronomia, ambos de Portugal, Chilliwack Crusaders, do Canadá, e Mpumalanga Pumas, da África do Sul), Lino Rebolo (preparador físico de Agronomia e formado em educação física pela FMH, também de Portugal) e Victor Ramalho (do Portal do Rugby). As questões foram simples e centravam-se em jogadores, equipes e competição.
Perguntamos a Diogo Stilwell qual tinha sido a equipe revelação, ao qual respondeu peremptoriamente:
“Em 2014 ficaram em 12º, o ano passado acabaram em 8º. Este ano estão em primeiro, rodam a equipe e fartam-se de marcar pontos. Os Lions são sem dúvida a equipe revelação.”
Em sentido contrario, quem tinha assumido o papel de decepção em 2016?
“A Argentina no rugby é como a Académica no futebol, a segunda equipe de toda a gente. Qualquer pessoa que tenha salivado a ver os jogos do campeonato do mundo estava com grandes expectativas para ver o perfume que os Jaguares poderiam lançar no Super Rugby. Infelizmente apesar da varinha ser longa (praticamente todos os Pumas são Jaguares) a magia acabou por ser pouca”.
Última questão em relação a franquias e equipes, em 2017 quem voltará em força e prometerá “luta” pelo “alto”:
“Já tenho anos que chegue para saber que o Super Rugby é a melhor competição de equipes do mundo. E que as mudanças em treinadores ou as entradas e saídas de dois ou três elementos chave podem mudar completamente uma equipe.
De qualquer das maneiras a ter de escolher, diria que a maior evolução será dos Blues e dos Bulls. A Force, Reds e Rebels também, mas só se se juntarem os três (risos).”
E em relação a “atores”? Quem foram os grandes protagonistas desta edição?
“McKenzie sem dúvida o jogador mais surpreendente, se o ano passado agradecia poder apanhar as ligaduras dos outros no fim do jogos este ano até se dá ao luxo de se rir antes das conversões.”
E que jogador ficou aquém das expectativas?
“Escolham um Australiano qualquer. Menos o Hooper, esse continua o mesmo work-horse. Nos últimos 3 jogos conseguiu abafar dois 7´All Blacks. De resto o rugby Australiano está mal, muito.”
Com a participação praticamente terminada, Diogo deixou a previsão dele para quem serão os potenciais campeões… Crusaders, Chiefs ou lions, mas a vantagem está do lado neozelandês, porque, e nas palavras do centro português, “New Zealand just plays good footie, way to good”.
XV da temporada para Diogo Stilwell: V. Koch (Stormers), Dane Coles (Hurricanes), Reggie Goodes (Hurricanes); du Toit (Stormers) e Tuipulotu (Blues); Jaco Kriel (Lions), Ardie Savea (Hurricanes) e Sean McMahon (Rebels); Faf de Klerk (Lions), Elton Jantjies (Lions), Melani Nanai (Blues), Samu Kerevi (Reds), François Venter (Cheetahs), Nemani Nadolo (Crusaders) e Damian McKenzie (Chiefs).
De seguida, Lino Rebolo, preparador físico de AIS Agronomia desde 2012, é também um apaixonado pelo Super Rugby. Dispôs do seu tempo para partilhar a sua opinião sobre 2016. Na mesma sequência, perguntámos quem foi a equipe revelação, ao qual confidenciou,
“Lions, têm vindo a trabalhar bem nas últimas duas temporadas, a mudança do nº10 tem dado bons resultados com Jantjies a fazer uma boa dupla com De Klerk. Têm dominado na sua conferência e também fora. Perderam apenas 3 jogos contra Crusaders, Chiefs e Hurricanes.
E equipes que nos desiludiram?
“Aqui acho que só posso falar dos Tahs, com a mudança de treinador nesta temporada, não sei se foi este motivo, tem sido uma equipe inconstante, tiveram muitos problemas nas formações ordenadas, e na defesa também. Tem potencial para fazer muito melhor com os jogadores disponíveis e por isso para mim foram a decepção.”
Para 2017 vamos ter novidades?
“Vamos ver se o Lions se aguentam até ao fim e conseguem passar este momento para a próxima temporada, Highlanders vão trocar de treinador será interessante observar se vão manter a mesma filosofia com um ritmo alto de jogos, Blues com Tana Umaga e com um meio campo de luxo prometem. Os Reds algum dia tem de sair deste ciclo mau, pode ser já para o ano com a chegada de Stephen Moore para a avançada e a contratação de novos jogadores, alguns vindos do Rugby League, seria bom para a Conferência Australiana.”
Em relação a jogadores que nos surpreenderam e que nos desiludiram?
“Jogador que me surpreendeu foi Kieran Read por não saber jogar mal, Ardie Savea por ser o motor da avançada dos Canes, Steph du Toit pela capacidade de estar em todo o lado e talvez por jogar também a terceira linha. Temos também os finalizadores McNichol, Nadolo, Mckenzie…
Pela negativa o Lima Sopoaga, depois da última temporada esperaria que continuasse em alta mas tal não aconteceu surgindo a espaços nesta temporada e talvez por isso ainda haja alguma dúvida em relação aos Highlanders. Outras menções “honrosas” nesta categoria pode incluir o Naholo, o Foley e o Julian Savea.”
Em termos de campeões, há algum favorito?
“Crusaders e Chiefs têm sido as equipes mais fortes e constantes. Ponho fé nos Crusaders pois são uma equipe mais experiente mas a capacidade de jogar de todo o lado por parte dos Chiefs pode causar danos, as finais são para ganhar e qualquer uma pode ganhar.”
XV da temporada para Lino Rebolo: V. Koch (Stormers), Dane Coles (Hurricanes), Reggie Goodes (Hurricanes); du Toit (Stormers) e Tuipulotu (Blues); Jaco Kriel (Lions), Ardie Savea (Hurricanes) e Kieran Read (Crusaders); TJ Perenara (Hurricanes), Beauden Barrett (Hurricanes), James Lowe (Chiefs), Samu Kerevi (Reds), Malakai Fekitoa (Highlanders), Nemani Nadolo (Crusaders) e Damian McKenzie (Chiefs).
Esta foi a opinião dos nossos convidados… qual é a vossa? Quem foi para vocês a desilusão destas 15 jornadas? E quem foi aquele jogador que “revolucionou” a sua equipe? Haverá espaços para surpresas neste final de temporada? Deem a vossa opinião!
E a opinião do Portal do Rugby?
Em relação a nós, jogador decepção terá sido Julian Savea, a “ausentar-se” em vários jogos… será o cansaço proveniente do ano de 2015? Mas o outro dos irmãos Savea, salva a honra da família e dos Hurricanes… Ardie. 5 ensaios em 13 jogos, para o nº7 All Black que tem demonstrado, também, uma supra vontade em dominar na defesa com 158 tackles (91% de eficácia) e 20 turnovers somados. É um jogador amplamente versátil, tem uma leitura de jogo interessante (vejam as várias vezes em que ele aparece para fazer jogar as linhas atrasadas, soltando um centro e ponta para atacarem em profundidade) e um ritmo muito alto (quando há rucks, se a defesa perder a atenção Ardie agarra na bola e segue a correr com ela na mão). Menção para Van Ransburg, o centro dos Lions ou Nanai, o quinze dos Blues. McKenzie foi, também, uma surpresa e confirmação no universo de jogadores mais excitantes. Temos pena que Israel Folau não estará na fase seguinte, em que espalha o “terror” quando encontra um espaço para atacar… 11 ensaios (24 quebras de linha a três do líder Nadolo) e muito rugby na guelra.
Em relação a equipes não precisamos de dizer mais nada a cerca dos Lions ou Chiefs… mas no sentido inverso, os Jaguares foram uma tremenda desilusão. Sim, estão em temporada de crescimento, adaptação e crescimento… porém, com vários jogadores da seleção da Argentina, que já jogaram em palcos europeus, esperava-se mais do ponto de vista de disciplina e concentração. Vários ensaios sofridos por uma péssima disciplina ou ensaios perdidos por falta de coesão… não bastou a “raça” de Creevy ou a “magia” de Cordero… talvez a chegada de um novo corpo técnico pode mudar os destinos na próxima temporada.
Para 2017 atenção aos Blues… com Sonny Bill Williams poderão se tornar uma das forças do Super Rugby. Vai ser interessante ver se os Lions continuam a crescer e a aplicar o seu domínio na África do Sul e no Hemisfério Sul.
O XV do Portal do Rugby: Reggie Goodes (Hurricanes), Codie Taylor (Crusaders), Ofa Tu’ungafasi (Blues); Steph du Toit (Stormers) e Brodie Retallick (Chiefs); Elliot Dixon (Highlanders), Ardie Savea (Hurricanes) e Kieran Read (Crusaders); Faf de Klerk (Lions), Beauden Barrett (Hurricanes), Ruan Combrinck (Lions), Rohan Van Rensburg (Lions), Seta Tamanivalu (Chiefs), Johnny McNicholl (Crusaders) e Ben Smith (Highlanders).
Menções especiais para Lionel Mapoe (Lions), Damian McKenzie (Chiefs), Stephen Moore (Brumbies), Israel Folau (Waratahs), Matt Fades (Highlanders), Nemani Nadolo (Crusaders) e Pieter Labuschagne (Bulls).
Escrito por: Francisco Isaac
“Juan Fernández Lobbe,Juan Figallo,Marcos Ayerza,Marcelo Bosch o Juan Imhoff ya no pueden jugar con los Pumas. El motivo es que están contratados por equipos europeos y eso los inhabilita para jugar con la selección.”
“El grupo de 30 profesionales que integran los Jaguares, más algunos más que se sumen de un grupo de invitados, no contiene necesariamente a todos los mejores.
Algunos de ellos no entraron en el sistema. Otros podrían ingresar más tarde. Y algunos simplemente no volverán a jugar en la selección.”
LA NACION Deportiva Super Rugby
“Juan Fernández Lobbe,Juan Figallo,Marcos Ayerza,Marcelo Bosch o Juan Imhoff ya no pueden jugar con los Pumas. El motivo es que están contratados por equipos europeos y eso los inhabilita para jugar con la selección.”
“El grupo de 30 profesionales que integran los Jaguares, más algunos más que se sumen de un grupo de invitados, no contiene necesariamente a todos los mejores.
Algunos de ellos no entraron en el sistema. Otros podrían ingresar más tarde. Y algunos simplemente no volverán a jugar en la selección.”
LA NACION Deportiva Super Rugby