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O Rio 2016 está chegando e a cerimônia de abertura já é na semana que vem! Hoje, damos a largada em nossas prévias para o torneio masculino e começamos com o Grupo A, o grupo do Brasil!
O torneio masculino terá início na terça-feira, dia 8 de agosto, quando os Tupis terão pela frente o torneio mais importante de sua existência e irão encarar um dos grandes favoritos ao ouro olímpico, Fiji, além dos velhos conhecidos Argentina e Estados Unidos, que o Brasil já conhece tão bem de Sul-Americanos e Jogos Pan-Americanos. Quem vai se impor na chave?
Vale lembrar que os dois primeiros colocados de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados terão vaga nas quartas de final. Isto significa que uma vitória na fase de grupos poderá render classificação inédita ao Brasil ao G8. Será?
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Fiji
Apelido: –
Classificação 2015-16: Campeão
Títulos mundiais: Copa do Mundo de Sevens de 1997 e 2005 / Série Mundial de Sevens de 2005-06, 2014-15 e 2015-16 / Jogos Mundiais de 2001, 2005 e 2009
Títulos de etapas: Hong Kong (2009, 2012, 2013, 2015, 2016), Austrália (2000, 2011, 2012, 2014), África do Sul (1999, 2002, 2005), Argentina (2000, 2002, 2007), Nova Zelândia (2000, 2006, 2010), Estados Unidos (2007, 2015, 2016), Escócia (2009, 2014, 2015), Inglaterra (2006, 2012), Dubai (2013, 2016), Japão (2000) e Singapura (2006).
Técnico: Ben Ryan
Elenco: Apisai Domolailai, Jasa Veremalua, Josua Tuisova, Kitione Taliga, Leone Nakarawa, Samisoni Viriviri, Savenaca Rawaca, Semi Kunitani, Jerry Tuwai, Vatemo Ravouvou, Viliame Mata e Osea Kolinisau (c)
Prévia: Campeão das últimas duas temporadas (2014-15 e 2015-16) da Série Mundial de Sevens, Fiji chega em alta ao Rio 2016 e na condição de grande favorito. Ninguém ganhou mais torneios que os fijianos nesse período, em um total de 7 entre 19 torneios realizados, com 80% de vitórias e mais de 28 pontos marcados em média. Desde a chegada do técnico inglês Ben Ryan ao comando da equipe, ficou claro o amadurecimento emocional do time fijiano, que deixou para trás a instabilidade e os altos e baixos que o caracterizavam para se tornar uma máquina de vitória com incrível constância, ainda que com alguns escorregões, como nas finais de Singapura e Paris desta temporada, quando Fiji perdeu para Quênia e Samoa.
Fiji teve o melhor ataque da Série Mundial de Sevens 2015-16, com 1704 pontos e 265 tries, mais de 30 a mais que a África do Sul, dona do segundo melhor ataque. Nomes como Savenaca Rawaca, Kitione Taliga, Jasa Veremalua, Jerry Tuwai e o capitão Osea Kolinisau (maior “tackleador” de todo o circuito) brilharam, ficando todos no Top 15 de artilheiros do mundo no ano. E se já não bastasse os destaques, Ben Ryan convocou ainda nomes de peso do rugby do país que estava no XV, com o mago dos offloads Leone Nakarawa, o melhor do mundo de 2014 do sevens Samisoni Viriviri e o agora destaque do Toulon Josua Tuisova.
Para os supersticiosos, no entanto, um dado interessa: sob o comando de Ryan, Fiji passou nunca passou quatro torneios seguidos sem o título. Depois de vencer Hong Kong em 2016, Fiji passou em branco nos três últimos torneios. Ou seja, se o histórico se confirmar, no Rio os fijianos subirão no lugar mais alto do pódio – e poderão ganhar a primeira medalha olímpica da história do país.
Estados Unidos
Apelido: Eagles
Classificação 2015-16: 6º lugar
Títulos: Inglaterra 2015 / Bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015
Técnico: Mike Friday
Elenco: Perry Baker, Danny Barrett, Garrett Bender, Andrew Durutalo, Nate Ebner, Madison Hughes (c), Carlin Isles, Folau Niua, Ben Pinkelman, Zack Test, Maka Unufe e Chris Wyles
Prévia: Potência olímpica, os Estados Unidos entrarão no torneio de rugby correndo seriamente atrás de uma medalha. Sexto melhor time do mundo na temporada e já com um título de etapa da Série Mundial de Sevens na temporada 2014-15, as Águias são sólidas e contam com um grupo acima de tudo físico, capaz de dar jogar em igualdade com qualquer equipe do mundo, apesar de chegarem ao Rio 2016 com uma temporada de apenas 49% de vitórias. Mike Friday convocou o melhor elenco possível para os EUA, que inclui o confiável capitão Madison Hughes (quarta maior “tackleador” do circuito, com 118 tackles), o velho capitão Zack Test, o ídolo do XV americano Chris Wyles e o campeão da NFL Nate Ebner. Mas, o ponto alto do time está em seus velocistas Perry Baker – segundo maior tryman do circuito mundial, com 48 tries – e Carlin Isles – “o homem mais rápido do sevens mundial”. Entretanto, os Estados Unidos ainda têm que provar a cabeça em torneios dessa magnitude. Nos Jogos Pan-Americanos, por exemplo, em duas edições disputadas, 2011 e 2015, os estadunidenses conseguiram apenas duas medalhas de bronze e passaram longe dos holofotes.
Argentina
Apelido: Pumas
Classificação 2015-16: 5º lugar
Títulos: Estados Unidos 2009 / Prata nos Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015
Técnico: Santiago Gómez Cora
Elenco: Santiago Alvarez, Juan Pablo Estellés, Rodrigo Etchart, Bautista Ezcurra, Juan Imhoff, Fernando Luna, Matías Moroni, Axel Müller, Gastón Revol (c), Javier Rojas, Franco Sábato e Germán Schulz.
Prévia: Vice campeã da Copa do Mundo de Sevens de 2009, a Argentina virá ao Rio de Janeiro com ambição e experiência em causar impacto em torneios desse tamanho. Os Pumas fizeram uma sólida temporada na última Série Mundial de Sevens, cravando o quinto lugar geral, que incluiu o vice-campeonato da etapa da África do Sul, e têm no comando da equipe um dos maiores nomes da história do sevens mundial, Santiago Gómez Cora. Para o Rio 2016, Cora apostou na sua base de atletas do circuito, que inclui o capitão Gastón Revol, Bautista Ezcurra (terceiro maior “tackleador” do circuito) e os artilheiros Axel Muller e Rodrigo Etchart (ambos no Top 20 da temporada), e na adição de dois nomes de peso da seleção de XV, Matías Moroni e o astro Juan José Imhoff, tryman do Rugby Championship 2015. Para os argentinos, a meta é uma medalha e o embate com os Estados Unidos promete ser crucial às pretensões dos Pumas.
Brasil
Apelido: Tupis
Classificação 2015-16: 16º lugar
Títulos: –
Técnico: Andrés Romagnoli
Elenco: Lucas Duque (São José) (c), Daniel Sancery (São José), Felipe Sancery (São José), Martin Schaefer (SPAC), Juliano Fiori (Richmond, Inglaterra), Felipe Claro “Alemão” (SPAC), Moisés Duque (São José), Stefano Giantorno (NaFor), Laurent Bourda-Couhet (Band Saracens), Arthur Bergo (SPAC), Gustavo Albuquerque “Rambo” (Curitiba) e André Silva “Boy” (SPAC).
Prévia: Os Tupis irão encarar o maior momento de sua história quando entrarem em campo no dia 9 de agosto com casa cheia em Deodoro. Os comandados de Andrés Romagnoli acumularem uma experiência considerável disputando torneios de Série Mundial de Sevens na condição de convidados nos últimos anos, tendo encarado três etapas na temporada passada e duas na temporada anterior, além de dois torneios de Hong Kong. No total, em 2015-16, o Brasil disputou 15 partidas do circuito, fazendo muitos jogos de ótimo nível, apesar de ainda não ter vencido nenhuma partida contra as seleções principais do mundo. O objetivo brasileiro é sair de Deodoro com alguma vitória, o que já significaria uma campanha histórica, dado o nível do torneio.
Todos os oponentes do Rio 2016 são bem conhecidos pelos Tupis. Fiji esteve na frente do Brasil em Dubai 2014, quando os fijianos venceram por 36 x 5, mas com direito a um desempenho excelente dos Tupis, que conseguiram equilibrar as ações por alguns minutos. Já as seleções principais de Argentina e Estados Unidos estiveram na frente dos Tupis nos Jogos Pan-Americanos de 2011 e 2015. O time estadunidense em especial leva boas recordações ao Brasil, pois no Pan de 2011 os brasileiros arrancaram um memorável empate contra as Águias.
O Brasil terá força máxima nos Jogos Olímpicos, com um grupo que acumulou já grande experiência com a camisa amarela. Os irmãos Duque e os irmãos Sancery aparecem como grandes destaques do time, com Daniel Sancery liderando as estatísticas brasileiras no circuito, acumulando 20 pontos (4 tries). Apenas Boy e Rambo cruzaram o in-goal também mais de uma vez na temporada, com dois tries cada. Stefano Giantorno foi outro destaque, desempenhando entre os melhores “tackleadores” dos torneios que o Brasil disputou (sendo que a taxa de sucesso em tackles do Brasil nos torneios que participou superou a do Japão), ao passo que Juliano Fiori, que agregou muito em termos físicos ao time, vem causando impacto, sobretudo nas disputas aéreas, o que será crucial contra times físicos como Fiji e EUA.
O desafio tão aguardado chegou e o Brasil estará sob os olhos do mundo. A chance de causar impacto é agora.
Jogos:
Terça-feira, dia 09 de agosto
13h00 – Estados Unidos x Argentina
13h30 – Fiji x Brasil
18h00 – Estados Unidos x Brasil
18h30 – Fiji x Argentina
Quarta-feira, dia 10 de agosto
13h00 – Argentina x Brasil
13h30 – Fiji x Estados Unidos