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Abrimos a semana de prévias com o fechamento do torneio feminino! Depois de passar a limpo o Grupo A e o Grupo B, agora é agora de analisarmos o Grupo C, que é o mais importante para nós: afinal, é o grupo do Brasil!
As Tupis terão pela frente no Rio 2016 o forte Canadá, postulante a medalha, com o qual o Brasil empatou já uma vez, em Dubai 2013, a Grã-Bretanha, que na prática é a seleção inglesa e também tem ambições de pódio, e o Japão, rival direto das brasileiras na disputa por um lugar como seleção central da Série Mundial de Sevens Feminina 2016-17 (pois a melhor seleção entre Brasil, Japão, Quênia e Colômbia no Rio 2016 se tornará a última seleção central da próxima temporada, garantindo vaga em todos os torneios do circuito).
Canadá
Apelido: Canucks
Classificação 2015-16: 3º lugar
Títulos: Dubai 2011, Holanda 2015 e França 2016 /Ouro nos Jogos Pan-Americano 2015
Técnico: John Tait
Elenco: Britt Benn, Hannah Darling, Bianca Farella, Jen Kish, Ghislaine Landry, Megan Lukan, Kayla Moleschi, Karen Paquin, Kelly Russell, Ashley Steacy, Natasha Watcham-Roy, Charity Williams;
Prévia: Um dos grande favoritos a uma medalha no Jogos Olímpicos – e um dos três grandes candidatos ao ouro – o Canadá chegará ao Rio em alta após quebrar o jejum de um ano e vencer a última etapa da temporada 2015-16 da Série Mundial de Sevens Feminina, derrotando a Austrália na grande final para encerrar o circuito com o terceiro lugar geral. As canadenses As Canucks já tinham feito uma final até então na temporada, no torneio do Brasil, e contaram com a maior pontuadora de 2015-16, Ghislaine Landry, que anotou 158 pontos nos 5 torneios, incluindo 19 tries (sendo a 3ª em tries no geral). Com 70% de vitórias e média superior a 20 pontos por jogos, o Canadá conta com um elenco de grandes nomes do circuito, liderado pela implacável Jen Kish e ainda apimentado pelas matadoras Bianca Farella e Karen Paquin, que juntas com Landry estão entre as mais temíveis finalizadora do sevens feminino. Olho em todas elas, porque o Canadá chegará forte.
Grã-Bretanha
Apelido: Team GB
Classificação 2015-16 (Inglaterra): 4º lugar
Títulos (Inglaterra): Hong Kong 2012, Inglaterra 2012, Estados Unidos 2013 e Canadá 2016 / Grand Prix Europeu 2011 e 2012
Técnico: Joe Lydon
Elenco: Claire Allan, Abbie Brown, Heather Fisher, Natasha Hunt, Jasmine Joyce, Katy McLean, Alice Richardson, Emily Scarratt, Emily Scott, Danielle Waterman, Joanne Watmore, Amy Wilson-Hardy;
Prévia: A Grã-Bretanha é, na verdade, a seleção inglesa, 4ª melhor do mundo na última temporada, acumulando no currículo de 2015-16 o título de uma das cinco etapas, a do Canadá, quando venceu no mesmo torneio Austrália e Nova Zelândia para abocanhar o título. Apenas 1 das 12 atletas não é inglesa, a galesa Jasmine Joyce. A Inglaterra teve campanha estável na temporada, fazendo quatro semifinais em cinco torneios, e correrá seriamente como a quarta força na luta por medalhas – e até mesmo pelo título olímpico – tendo acumulado 70% de vitórias, o mesmo número que as canadenses. O Team GB tem a fortíssima Heather Fischer, uma das maiores fazedoras de tries do circuito, a aclamada Joanne Watmore e várias atletas com experiência inclusive no poderoso time inglês de XV, atual campeão mundial. Entre elas, a capitã Emilly Scarratt, a chutadora precisa Katy McLean e a experiente Danielle Waterman. As britânicas darão trabalho e têm ambição.
Brasil
Apelido: Tupis / Yaras
Classificação 2015-16: 10º lugar
Títulos: Sul-Americano (2004, 2005, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012, 2013, 2014 e 2016) / Bronze nos Jogos Pan-Americanos de 2015
Técnico: Chris Neill
Elenco: Juliana Esteves “Juka” (Band Saracens), Luiza Campos (Charrua), Júlia Sardá (Desterro), Edna Santini (São José), Taís Balconi (Desterro), Haline Scatrut (Curitiba), Beatriz Futuro (Niterói), Amanda Araújo (Niterói), Cláudia Teles (Niterói), Paulinha Ishibashi (SPAC) (c), Raquel Kochhann (Charrua) e Isadora Cerullo (Niterói).
Prévia: O grande momento chegou! A Seleção Brasileira Feminina está pronta para os Jogos Olímpicos e irá com força máxima, sem surpresas em seu elenco. Jogando em casa, o desempenho brasileiro é sempre positivo, tendo já alcançado duas vezes das quartas de final da Série Mundial atuando em Barueri, além dos títulos invictos do Sul-Americano. O efeito da torcida sempre tem efeito positivo para as Yaras e se por um lado o objetivo delas é quebrar o tabu e pela primeira vez na história superar o 8º lugar de um torneio mundial, por outro, com os pés no chão, o time de Chris Neill sabe que o mais importante para seu futuro é terminar o Rio 2016 acima de Japão, Quênia e Colômbia para se garantir como seleção central da Série Mundial de Sevens 2016-17. Para isso, o jogo com o Japão é crucial, pois o Brasil poderá cumprir seu objetivo logo se for o único desses quatro países a ir às quartas de final. E o histórico contra as japonesas é promissor, com 4 vitórias brasileiras em 10 jogos, sendo 2 vitórias nos últimos 3 jogos. Contra Canadá e Grã-Bretanha (Inglaterra), o Brasil tem o incômodo tabu de nunca ter vencido nenhuma das duas, apesar do célebre empate com as canadenses em Dubai 2013.
As anfitriãs tiveram ao longo da temporada um desempenho de 19% de vitórias, levemente abaixo do Japão, mas enviesado pelo fato do Brasil ter avançado duas vezes em 2015-16 às quartas de final, contra nenhum avanço japonês. O maior problema do Brasil é ter uma das taxas mais elevadas de falhas em tackles, com mais de 1,6 tackles perdidos por jogo em média. Mais do que nunca, a experiência de atletas como Paulinha, Júlia, Baby e Juka, de longo histórico na seleção, será crucial para a equipe fazer o melhor torneio da vida. Talento o Brasil tem para chegar ao Top 8 de novo. E, uma vez alcançando as quartas de final, as Yaras ficam a uma vitória de virarem manchete nacional e jogarem uma semifinal. Será? No sevens, tudo é possível, já diz o clichê.
Japão
Apelido: Sakuras
Classificação 2015-16: 11º lugar
Títulos: Asian Sevens Series (2008, 2012, 2013 e 2015)
Técnico: Keiko Asami
Elenco: Yuka Kanematsu, Chiharu Nakamura (c), Ayaka Suzuki, Ano Kuwai, Marie Yamaguchi, Makiko Tomita, Chisato Yokoo, Kana Mitsugi, Noriko Taniguchi, Yume Okuroda, Mio Yamanaka, Mifuyu Koide;
Prévia: Com gana de se manter como seleção central da Série Mundial de Sevens, o Japão vai ao Rio 2016 após uma temporada inteira sem ter conseguido avançar às quartas de final de nenhum torneio do circuito – e terminando os dois últimos torneios em último lugar. As japonesas fecharam a temporada com o 11º lugar, atrás do Brasil, e venceram somente 5 de suas 25 partidas, mas tendo como destaque um triunfo sobre os Estados Unidos em Dubai. Nos confrontos diretos com as Tupis em 2015-16, no entanto, há equilíbrio absoluto, com vitória japonesa em Dubai, 13 x 0, e vitória brasileira em Barueri, 27 x 05. Depois, os dois times ainda se enfrentaram duas vezes em torneio amistoso na Inglaterra, também com um triunfo para cada lado. A situação das asiáticas é a mesma das brasileiras: uma vitória na primeira fase poderá significar o objetivo mais importante, as quartas de final e a vaga no circuito de 2016-17.
Jogos:
Sábado, dia 06 de agosto
12h00 – Grã-Bretanha x Brasil
12h30 – Canadá x Japão
17h00 – Grã-Bretanha x Japão
17h30 – Canadá x Brasil
Domingo, dia 07 de agosto
12h00 – Brasil x Japão
12h30 – Canadá x Grã-Bretanha
Primeiramente um esclarecimento para quem não sabe ou está na dúvida. Nas Olimpiadas a equipe Great Britain é combinação de gente da Irlanda do Norte (menos no rugby), Escócia, País de gales e Inglaterra. Pode ser que em
qualquer modalidade haja a maioria de atletas de um destes países mas mesmo assim não deixa de ser chamado Grã
Bretanhã. Então acho a ênfase dado sobre a equipe feminina de rugby ser 11 jogadores da Inglaterra e uma do país de
foi enfatizado desnecessariamente. Creio que o a treinador que fez a escolha do elenco conhece muito bem todas as candidatas e quem foi convocada foi por mérito.
Quanto este grupo sinto que quanto as chances da nossa seleção foi ruim. Nos outros dois grupos a ‘quarta’ equipe dá a impressão de serem mais fracas que a equipe do Japão. Mesmo Brasil vencendo o Japão no grupo e ficando em 3º lugar pode ser que seu saldo de pontos seja bem inferior das equipes em 3º lugar nos outros dois grupos. Isto pose significar Brasil voltar a disputar, eventualmente, a disputa pelo 9º lugar e esta vitória valeria a pena. Esta partida seria bem emocionante. Fico contente que a nossa seleção convocada deve ser melhor defensivamente que nos últimos dois anos. Mesmo sendo Britânico a minha torcida, como tem sido, será pelas meninas Brasileiras no rugby 7s.