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Hoje é dia de olhar para o Grupo B do torneio feminino dos Jogos Olímpicos! Em mais uma prévia do torneio mais importante da história em solo brasileiro, olharemos mais atentamente a uma seleção que já brilhou por estas bandas e é certamente uma das grandes postulantes à medalha de ouro: a Nova Zelândia, que venceu o torneio de Barueri da Série Mundial em 2015, brindando a torcida com haka e selfie (lembra?).

 

Competindo com as neozelandesas no Grupo B está a França, que sonha vivamente ao menos com um bronze, a Espanha e o Quênia. Os favoritos são claros, mas será que isso basta?

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Nova Zelândia

Apelido: Black Ferns (oficial do XV, não oficial do 7s)

Classificação 2015-16: Vice campeã

Títulos mundiais: Copa do Mundo de Sevens de 2013 e Série Mundial de Sevens de 2012-13, 2013-14 e 2014-15

Títulos de etapas: Dubai (2012, 2014), China (2013, 2014), Holanda (2013, 2014), Estados Unidos (2014, 2015), Brasil (2015) e Canadá (2015)

Técnico: Sean Horan

Elenco: Shakira Baker, Kelly Brazier, Gayle Broughton, Theresa Fitzpatrick, Sarah Goss (c), Kayla McAlister, Huriana Manuel, Tyla Nathan-Wong, Terina Te Tamaki, Ruby Tui, Niall Williams, Portia Woodman;

 

Prévia: Muitos falam que elas “pisaram no freio” em 2015-16. Será? Atual campeã da Copa do Mundo de Sevens (2013) e campeã de todas as temporadas anteriores da Série Mundial de Sevens, a Nova Zelândia por muito tempo foi o time a ser batido no mundo do sevens feminino, mas sentiu uma queda justamente na última temporada do circuito, quando viu a Austrália conquistar o título geral. As neozelandesas tiveram muitos problemas com o elenco ao longo do circuito e passaram incrivelmente a temporada sem nenhum título de etapa. Assim, o time do técnico Sean Horan virá ao Brasil sem vencer um torneio há mais de um ano. Estratégia? É difícil crer nisso, afinal ninguém perde de propósito ou resolve deixar de se empenhar justo no ano mais importante de sua história. Mas, todo mundo sabe que a Nova Zelândia pode muito mais e com uma geração brilhante chegará aos Jogos Olímpicos como a grande competidora da Austrália pela medalha de ouro. Apesar do decepcionante vice campeonato mundial, as neozelandesas contaram com a maior anotadora de tries da temporada, a insaciável Portia Woodman, melhor do mundo de 2015 e maior artilheira da história da Série Mundial Feminina.

 

Junto dela estão Kayla McAlister, melhor do mundo de 2013, Sarah Goss, a capitã inspiradora, Huriana Manuel, capitã do título de 2013, Niall Williams (irmã de Sonny Bill), Kelly Brazier, artilheira da Copa do Mundo Feminina de XV em 2010, Tyla Nathan-Wong, maior pontuadora de conversões do circuito… uma coleção de estrelas.

 

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França

Apelido: Les Bleues

Classificação 2015-16: 5º lugar

Títulos: Grand Prix Europeu 2015

Técnico: David Courteix

Elenco: Majorie Mayans (c), Audrey Amiel, Rose Thomas, Caroline Ladagnous, Fanny Horta, Jade Le Pesq, Pauline Biscarat, Lina Guerin, Shannon Izar, Elodie Guiglion, Jennifer Troncy, Camille Grassineau;

 

Prévia: Atuais campeãs europeias, as francesas chegam ao Rio com sede de medalha. Mas, precisarão mostrar evolução. O time terminou com o 5º lugar geral da temporada, com duas semifinais nas costas, mas sem nenhum Top 3 em 2015-16. A França é hoje um dos países que mais investem no rugby feminino, contando com uma das ligas mais bem estruturadas do mundo e uma seleção de XV poderosa, atual campeã do Six Nations, com várias de suas atletas do sevens tendo jogado nesse XV de alto nível. O saldo da temporada foi de 16 vitórias e 14 derrotas das Bleues, que têm um ataque qualificado, mas falharam muito na defesa, com média de 1,1 tackle perdido por jogo, acima da “nota de corte” de um time postulante a pódio. A geração talentosa de Mayans, Ladagnous, Horta, Guerin, Izar, Biscarat & cia também não conseguiu ainda nenhum título de etapa do circuito. Mais do que nunca, a hora de dar um passo adiante chegou.

 

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Espanha

Apelido: Las Leonas

Classificação 2015-16: 9º lugar

Títulos: 4º lugar na Copa do Mundo de Sevens de 2009

Técnico: Pablo Tomás García

Elenco: Berta Garcia, Paula Medin, Angela Del Pan, Patricia Garcia, Marina Bravo, Elisabet Martinez (c), Barbara Pla, Amaia Erbina, Maria Casado, Vanesa Rial, Iera Echebarria, Maria Ribera;

 

Prévia: Quarta colocada da Copa do Mundo de Sevens de 2013, a Espanha vem ao Brasil com a seleção mais velha da competição: 7 de suas 12 atletas têm 30 anos ou mais. As Leoas saberão valorizar demais a participação para os Jogos Olímpicos, que deverá coroar uma geração que manteve a Espanha – apesar do baixo investimento – dentro do Top 10 do mundo por tanto tempo. Para chegar ao Rio, as espanholas tiveram que vencer o Pré Olímpico Mundial, superando a Rússia, que entrara no torneio como favorita. E a pressão estava sobre as espanholas, pois no final de semana anterior o time masculino do país havia se garantido nos Jogos Olímpicos – e certamente as mulheres sabiam que não podiam ficar atrás, sobretudo porque têm um histórico internacional muito melhor que o dos homens, o que não poderia ser eclipsado. A Espanha tem talento, com Barbara Pla e Patricia Garcia certamente entre as melhores do mundo. As ibéricas correrão por fora.

 

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Quênia

Apelido: Lionesses

Classificação 2015-16: 13º lugar

Títulos: nenhum

Técnico: Mike Shamiah

Elenco: Catherine Abilla (c), Linet Arasa, Sheila Chajira, Celestine Masinde, Rachael Mbogo, Janet Okelo, Philadelphia Olando, Irene Otieno, Stacy Otieno, Janet Owino, Camilyne Oyuayo, Doreen Remour;

 

Prévia: O Quênia corre totalmente por fora e é a seleção mais fraca do grupo, chegando ao Rio com a sensação de que talvez não devesse estar no torneio. Afinal, o Quênia herdou a vaga da África do Sul, campeã africana de 2015, que foi obrigada por seu comitê olímpico a desistir do torneio – por ser considerada por seus dirigentes como pouco competitiva. O Quênia, no entanto, provou em sua única participação em um torneio da Série Mundial, em Clermont, em maio passado, que pode se superar, pois saiu da França com uma até inesperada vitória sobre o Japão por 12 x 5. O resultado foi precioso para as Lionesses, pois no Rio 2016 o objetivo da equipe é um só: terminar o torneio na frente de Brasil, Japão e Colômbia para abocanhar ma vaga como seleção central da Série Mundial 2016-17. Isso significa que uma vitória na primeira fase seria de valor inestimável e as chances existem diante da Espanha. Olho nesse jogo!

 

Jogos:

Sábado, dia 06 de agosto

11h00 – França x Espanha

11h30 – Nova Zelândia x Quênia

16h00 – França x Quênia

16h30 – Nova Zelândia x Espanha

 

Domingo, dia 07 de agosto

11h00 – Espanha x Quênia

11h30 – Nova Zelândia x França

 

Foto: Revista Rugbier. Super Desafio BRA 2015.