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Em abril de 2016, a Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEFD – UFRJ) completa 77 anos. Para o mesmo mês, está prevista a entrega das obras de um dos maiores investimentos da história recente da escola: são R$ 61,3 milhões em recursos do Ministério do Esporte para a construção de dois campos de hóquei sobre grama e de um campo de rugby, para a reforma da piscina olímpica e de seis vestiários, além de adaptações, como a construção de um elevador, para melhorar a acessibilidade do local.

 

A escola é uma opção de centro de treinamento de polo aquático, rugby e hóquei sobre grama para delegações estrangeiras visando aos Jogos Olímpicos Rio 2016. O acordo de cooperação técnica foi assinado no ano passado entre a universidade e o Ministério do Esporte para que as obras pudessem ser realizadas. O consórcio Campos Olímpicos (composto pelas empresas JZ Engenharia, Hersa e Resinsa) venceu a licitação feita por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC). As obras tiveram início em outubro de 2015.

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“A recuperação e a modernização da nossa piscina é algo fantástico, uma instalação muito utilizada. Nossos vestiários não tinham reforma desde os anos 1970, assim como a piscina. Vamos ter acessibilidade interna, seremos a primeira unidade da UFRJ com esse nível de acessibilidade”, disse o professor Leandro Nogueira, diretor da escola entre 2011 e 2015.

 

Leandro acrescentou que a UFRJ foi a primeira universidade pública do país a ter disciplinas optativas de rugby e hóquei (a partir de 2011), mas elas não são oferecidas regularmente.  Com o investimento, o objetivo é que se tornem cadeiras efetivas da escola. O estímulo às modalidades também está nos planos da atual diretora da EEFD, a professora Katya Gualter.

 

“A escola entende que os campos e a piscina são salas de aula. Esses espaços compõem a rotina acadêmica. É um legado que é um espaço de ensino e aprendizagem. Essa relação com os Jogos Olímpicos é profícua no sentido de que, se não fosse esse momento, a escola demoraria a fazer um investimento nesse nível”.

 

O campo de rugby é o mais adiantado e será entregue nesta sexta-feira (04.03). Ele já vai ser usado para treino de equipes participantes do evento-teste da modalidade, que será realizado em Deodoro nos dias 5 e 6 de março.  A grama é natural, do tipo Bermuda TifWay 419, e completa 90 dias de plantio na sexta. O campo segue as especificações da federação internacional da modalidade, tendo 96m de comprimento e 68m de largura, com recuos laterais e de fundo de cinco metros, e sete metros para a linha de gol, totalizando 120m x 78m de área gramada. Drenagem, irrigação e iluminação estão incluídas no investimento.

 

O contrato de licitação encarrega o Ministério do Esporte da manutenção das instalações até dezembro de 2016. A partir daí, o trabalho ficará a cargo da UFRJ. Reuniões já estão sendo realizadas com as confederações brasileiras de hóquei e rugby, segundo o ex-diretor e a atual diretora da escola de educação física. A instituição está estudando os caminhos jurídicos possíveis para a realização de convênios ou acordos de cooperação técnica. Interesse para a parceria já foi demonstrado, segundo Katya Gualter, sobretudo na última reunião com os dirigentes do rugby no país.

 

“Eles estão muito interessados em treinar as equipes, em particular a seleção brasileira, no campo de rugby da escola que, segundo o presidente da confederação (Sami Sobrinho), é um dos mais avançados e melhor finalizados tecnologicamente para a modalidade. Eles têm todo o interesse de usar o espaço, podendo arcar inclusive com os custos a partir de 2017”, disse a diretora da escola.

 

Os espaços ainda poderão ser usados em projetos que envolvem a comunidade. A EEFD já desenvolve atividades como o Clube Escolar, em parceria com a prefeitura do Rio de Janeiro, que oferece atividades esportivas para alunos da rede municipal de ensino. A escola também é parceira de outras iniciativas que envolvem a comunidade da Maré, vizinha ao campus, que fica na Ilha do Fundão, na Zona Norte da capital fluminense.

 

“Se você tem uma escola de formação de professores de educação física e você tem disciplinas voltadas para essas modalidades, temos que fazer com que essas disciplinas sejam bem vivenciadas e, a partir delas, estabelecer projetos de extensão para que a comunidade venha pra cá. Temos o Clube Escolar e já temos parceria em vários projetos que ocorrem na Maré, que é aqui do lado. Os novos campos e a piscina são mais elementos que vão fortalecer essa relação”, disse a professora e vice-diretora da escola, Angela Brêtas.

 
Fonte: Carol Delmazo, brasil2016.gov.br

Ascom – Ministério do Esporte
 

2 COMENTÁRIOS

  1. Infelizmente o depoimento do Sr. Presidente da Confederação, Sami Sobrinho e da Diretora da Escola de Educação Física, a Sra. Katya Gualter são apenas “para inglês ver”. Hoje, o campo está abandonado, assim como oscampos de hóquei sobre a grama. Não existe manutenção, e a grama, uma Bermuda Tifway 419 está virando capim. Sem falar do sistema de irrigação que está com um problema e ninguém faz nada. UMA VERGONHA!!!!