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Panorama Espacial do Rugby Brasileiro: o Rugby visto por um geógrafo

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4 de novembro de 2015

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Em 2012, a partir de solicitação do Portal do Rugby (ainda como Blog do Rugby), elaborou-se material sobre a distribuição espacial do Rugby no Brasil. Elaborou-se material com proposta semelhante ao de 2012, mas com melhor qualidade e maior detalhamento das informações espaciais – O Panorama Espacial do Rugby brasileiro em 2015 (por município)

Tendo em vista o crescimento do esporte e o surgimento de novos núcleos de prática esportiva, as transmissões pela TV, os cursos, workshops, formação de ligas, realização de torneios, o aumento da procura por produtos relacionados ao Rugby, o trabalho de fortalecimento do esporte realizado por federações, grupos organizados e a CBRu e, portanto, a consequente difusão dos princípios e valores do Rugby, buscou-se dar continuidade ao trabalho de registro da espacialização dos núcleos de Rugby no Brasil e contribuir com o Planejamento relacionado ao esporte. Os clubes, jogadores, interessados, jornalistas, instituições de ensino, patrocinadores, torcedores, gestores, e outros, poderão utilizar o conteúdo deste material de forma contínua, visto que pretende-se atualizar o conteúdo com maior regularidade no futuro (solicita-se compreensão caso os dados não estejam totalmente atualizados, mas a dinâmica de surgimento de novos núcleos tem sido muito rápida).

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Dessa forma, a partir de dados encaminhados pelo Portal do Rugby, relativos ao Censo do Rugby brasileiro, elaborou-se mapas por estado, por regiões e na escala federal, utilizando-se o software gratuito SPRING, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE e acessível para download na página eletrônica do instituto. Quaisquer contribuições, apontamentos, correções, melhoramentos, serão extremamente bem vindos, visto que o intuito é compartilhar informações e enriquecer o acervo sobre o Rugby brasileiro, elaborando material acessível e de fácil compreensão. Todo compartilhamento é livre.

Embora a figura na escala nacional impeça a visualização mais clara e detalhada de municípios com menor área territorial, como no caso dos municípios do estado de São Paulo, ela evidencia que há concentração dos núcleos de Rugby no Sudeste-Sul, com destaque para o estado de São Paulo, que possui o maior número de núcleos e o maior adensamento (proximidade entre municípios com núcleos de Rugby).

Além disso, no Sudeste-Sul o esporte não se restringe a grandes centros e capitais, sendo praticado também em cidades médias e pequenas, tendendo a continuar o crescimento nessas regiões, destacando-se o interior de São Paulo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Paraná e do Rio Grande do Sul.

Embora o Rugby seja praticado em todas as regiões do país, no Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte, o esporte está muito disperso, destacando-se o modesto crescimento no Centro-Oeste e no Nordeste. Nessas regiões, o Rugby é mais praticado em capitais e em cidades maiores, não sendo tão interiorizado como nas outras regiões do país.

Nas demais figuras, por região ou as na escala estadual, é possível verificar com maior clareza a localização dos municípios que possuem núcleo(s) de Rugby. As figuras apenas representam os municípios que possuem núcleos de Rugby e não diferenciam os municípios em relação ao total de núcleos existentes. Assim, mesmo que um município possua muitos núcleos, não será representado de forma diferente de um município que possua apenas um núcleo. Na região Norte, por exemplo, grandes “manchas” no mapa representam apenas um município, mas com área territorial extensa, enquanto no Sudeste-Sul, pequenos municípios próximos são difíceis de serem individualizados na figura em escala nacional (o que pode ser feito nas figuras regionais e estaduais).

Grande abraço a toda comunidade do Rugby, esse esporte que tanto fez por mim.

Escrito por: Gerson de Freitas Junior – Taubaté Rugby Clube e Tigres de Bengala (Rugby FFLCH)

Nordeste