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O início da Copa do Mundo também foi marcado por muitas homenagens. O World Rugby anunciou nada menos que 25 novos nomes nomeados para o Hall da Fama da entidade.
Todas grandes lendas da história das grandes seleções do mundo, com a exceção de um dos nomeados: Bill McLaren, “a voz do rugby”, narrador escocês da BBC que se notabilizou por 50 anos de transmissões do rugby, encerrando a carreira em 2002. O brilhante treinador galês Carwyn James, que conduziu os Lions à vitória na série sobre os All Blacks – a única até hoje – em 1971, também entrou para o Hall, enquanto outros 23 jogadores – 18 dos quais capitães de suas seleções -, de 7 países diferentes, foram igualmente nomeados.
Entre os nomes mais recentes, Tim Horan, bicampeão do mundo com a Austrália, e o sul-africano Joost van der Westhuizen, campeão do mundo em 1995 – hoje sofrendo com esclerose lateral amiotrófica – certamente são conhecidos do torcedor mais jovem. Da genial geração galesa dos anos 70 foram nomeados Phil Bennett, Gerald Davies, Barry John e Mervyn Davies, enquanto os vermelhos ainda tiveram homenageados John Lewis Williams, destaque de Gales entre 1906 e 1911, falecido em batalha na Primeira Guerra Mundial, e Gwyn Nicholls, o “príncipe dos três-quartos”, que atuou por Gales entre 1896 e 1906 e foi responsável por muitas inovações táticas no jogo aberto.
Entre os escocês, Gordon Brown e Andy Irvine, geniais abertura e fullback da Escócia e dos Lions nos anos 70, entraram para a lista, enquanto os irlandeses Basil Maclear, centro entre 1905 e 1907, Tom Kiernan, fullback dos anos 60 e 70, recordista na época em jogos e pontos pela sua seleção, e com atuações pelos Lions, e Fergus Slattery, asa e capitão nos anos 70 e 80, representam a Ilha Esmeralda na lista. Já os ingleses nomeados foram Ronald Poulton-Palmer, mítico capitão e três-quartos entre 1909 e 1914, falecido na Grande Guerra, Edgar Mobbs, ponta entre 1909 e 1910, falecido na Primeira Guerra Mundial, após mobilizar 250 esportistas para lutarem pela Inglaterra, liderando seu batalhão, e Wavell Wakefield, asa entre 1920 e 1927, e posteriormente político e presidente influente da RFU.
A França teve nomeados seu cultuado asa Jean-Pierre Rives, que liderou os Bleus entre 1975 e 1984 e atualmente é um celebrado artista plástico, e o segunda linha Marcel Communeau, que atuou entre 1906 e 1913 e morreu na Grande Guerra. A África do Sul, por sua vez, teve uma longa lista, com homenagens ao abertura Naas Botha, para muitos o maior da história dos Boks, que atuou nos anos 80 pelos Springboks, seu parceiro de seleção o centro Danie Gerber, o terceira linha Morne du Plessis, que brilhou nos anos 70 como atleta e em 1995 como manager dos Boks, e o brilhante oitavo e capitão Hennie Muller, que atuou na seleção entre 1949 e 1953,
Por fim, além de Tim Horan, a Austrália teve nomeado Tom Richards, forward que atuou entre 1908 e 1912 e único homem a vestir a camisa dos Wallabies e dos Lions. Pouco usual na época, Richards jogou também na Inglaterra, África do Sul e França, além de ter ganho a medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de 1908 com os australianos.
Os novos integrantes do Hall da Fama são:
Phil Bennett (Gales)
Naas Botha (África do Sul)
Gordon Brown (Escócia)
Marcel Communeau (França)
Gerald Davies (Gales)
Mervyn Davies (Gales)
Danie Gerber (África do Sul)
Tim Horan (Austrália)
Andy Irvine (Escócia)
Carwyn James (Gales),
Barry John (Gales)
Tom Kiernan (Irlanda)
Gwyn Nicholls (Gales)
Basil Maclear (Irlanda)
Bill McLaren (Escócia)
Edgar Mobbs (Inglaterra)
Hennie Muller (África do Sul)
Morné du Plessis (África do Sul)
Ronald Poulton-Palmer (Inglaterra)
Tom Richards (Austrália)
Jean-Pierre Rives (França)
Fergus Slattery (Irlanda)
Wavell Wakefield (Inglaterra)
Joost van der Westhuizen (África do Sul)
John Lewis Williams (Gales)
Foto: Tim Horan / World Rugby