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Kia Ora amigos do rugby no Brasil!!
Já estou aqui a 3 semanas, estou até chateado pelo tempo estar passando tão rápido, mas infelizmente é assim. A realidade aqui tem sido uma utopia para aqueles que acompanham, curtem e praticam o rugby como eu, mas tudo tem seu lado negativo e vou abrir todas as experiências boas e não tão boas.
Veja as fotos da Odisseia Rugbistica do Augusto Arruda!
Como havia dito no último post eu estou jogando na segunda divisão da Canterbury pelo Kaiapoi Rugby Football Club, acho que a estrutura do clube é fantástica e tem bons atletas, além de um nível bem acima do que estamos acostumados no Brasil. Os treinos aqui acontecem toda terça e quinta e os jogos aos sábados, é isso mesmo, temos jogos todos os sábados!
Os treinos são bem mais técnicos e duros, correm bem porque todos já sabem todo o básico e ouvem bem os treinadores. A comunicação é o mais importante, gritar pelo nome e chamar as jogadas é básico e aqui é rotina nos treinos. O que é incrivelmente absurdo é o frio que a noite castiga o inverno aqui, pegando temperaturas baixíssimas que quando você corre e respira o nariz parece que está queimando e os dedos dos pés e das mãos não são sentidos. Mas mesmo assim é gostoso treinar aqui, os atletas são bem calorosos e engraçados então a diversão é garantida!
Até agora entrei no final das partidas ainda encontrando o ritmo do jogo, estudando e treinando os movimentos e jogadas que são feitas nas posições que eles me colocaram. Fisicamente estou bem, superando a maioria dos atletas do time, tenho feito boas partidas e bons treinos. Acredito que logo estarei entrando entre os 15. Como de costume, depois dos jogos temos uma espécie de terceiro tempo onde os capitães elegem o melhor jogador de sua equipe que fazem uma pequena disputa virando uma caneca de cerveja, depois temos um banquete com sanduíches, batatas e algumas outras coisas. Diferente do Brasil cada atleta compra sua cerveja ou bebida no clube e a bebedeira acontece depois em algum Pub, não nas dependências do clube.
O lado negativo disso é que o corpo técnico e administrativo não é muito receptivo, e eu acabei encontrando um pouco de dificuldade com a parte de material de jogo e logística visto que não estou alojado muito próximo da sede do clube e que tudo já havia sido formalmente avisado e acertado através de carta e e-mail. Os gerentes, diretores e presidentes são um pouco “marrentos” como chamamos no Brasil, mas tive pessoas que me ajudaram e boa parte disso tudo já está resolvido.
Acho que nós brasileiros podemos não ter o rugby na cultura, mas recebemos bem dando todo auxílio necessário aos nossos gringos aqui, assim fazemos no meu clube e também é feito em todo o Rio de Janeiro.
No domingo fui assistir a uma triagem, uma forma de seletiva para o time M18 do Canterbury, que é uma espécie de seleção regional por onde passaram alguns dos nomes famosos do rugby mundial e dos All Blacks. É impressionante e prazeroso de acompanhar pela qualidade dos garotos e o rugby bonito, técnico, rápido e forte que eles jogam! Cada um treina e joga entre os melhores da sua escola e clube, depois de passar pela primeira faze dessa triagem eles começam a focar os treinamentos para melhoria da parte física e fazem os primeiros jogos onde são definidos os garotos que irão disputar os campeonatos representando a sua região.
Agora é hora de descansar que amanha mais um treino e muito trabalho. Espero que tenham gostado das fotos e do post, na próxima semana acredito que vai rolar muita coisa nova aí e teremos jogo dos All Blacks aqui na minha cidade, pertinho de casa hehehe!
Grande abraço!