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Hora de decisão na França! Depois da Premiership inglesa e do Pro12 terem a disputa de suas grandes finais no último sábado, agora é a vez do Top 14 francês conhecer seu campeão, pondo um ponto final na temporada europeia de clubes. Nesse sábado, dia 1º de junho, o Stade de France, em Paris, receberá Toulon e Castres, que chegam à disputa daquela que pode ser a primeira conquista do Bouclier de Brennus (a taça de campeão francês) para ambos na era profissional (desde 1995).

Tanto o Toulon como o Castres conquistaram até hoje três vezes o Bouclier de Brennus. O Toulon faturou a taça em 1931, 1987 e 1992, tendo terminado com o vice-campeonato no ano passado, quando perdeu a final para o Toulouse por 18 x 12. Já o Castres se sagrou campeão francês em 1949, 1950 e 1993, sendo que a última final que disputou foi em 1995, quando caiu também diante do Toulouse – que, até hoje, é o maior campeão da França, com 19 títulos.

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O jogo terá transmissão ao vivo, às 16h00, na TV5 Monde, e em VT, às 23h30, no BandSports.

 

Toulon é o time a ser batido, Castres é o desafiante a ser temido

O favoritismo da final é todo do Toulon, campeão da Copa Europeia (Heineken Cup) de 2013. O clube da Provença chega embalado para a grande final após ter conquistado o título continental com uma heróica vitória sobre o Clermont, que depois seria eliminado na semifinal do Top 14 pelo Castres. O Toulon chega credenciado pela grande temporada que realizou, tendo liderado quase todo o Top 14, perdendo a primeira posição somente no fim para o Clermont. Já o Castres é a surpresa da temporada, mas nem tão surpresa assim. O time terminou a primeira fase em quarto lugar, confirmando a boa fase dos últimos anos. Apesar de não contar com um elenco badalado, a equipe do Tarn já havia terminado a liga em quarto lugar no ano passado, em terceiro lugar no ano retrasado e em quinto lugar no ano anterior, não ficando de fora do mata-mata desde 2009.

Enquanto o Toulon conta com pesados investimentos de Mourad Boudjellal, que montou um time estrelado, do técnico Bernard Laporte ao astro Jonny Wilkinson, o Castres é um time homogêneo, de forte conjunto e muito bem treinado pela dupla Laurent Labit e Laurent Travers. A partida oporá duas equipes com orientações semelhantes: ambas baseiam seu jogo em seus poderosos packs, buscando arrancar o máximo possível de oportunidades para seus exímios chutadores. Se o Toulon conta com o impecável Wilkinson, que está em alta após finalmente conquistar seu primeiro título continental de clubes, o Castres conta com o sul-africano Rory Kockott, que vem fazendo a diferença a favor dos azuis. E, se já não bastassem tais protagonistas, tanto RCT como CO contam com substitutos de grande qualidade para os chutes. O Toulon tem ninguém menos que Fred Michalak e Matt Giteau, que já foram os chutadores principais das seleções da França e Austrália, respectivamente, podendo assumir as vezes de Wilkinson se for preciso. Já o Castres conta com Romain Teulet, que já tem mais de 2000 pontos anotados no Top 14.

No confronto direto, há muito equilíbrio. Nesta temporada, houve uma vitória para cada lado, com o Castres vencendo em casa o Toulon em fevereiro por 25 x 20. Na temporada passada, as duas equipes empataram duas vezes, enquanto na temporada retrasada houve também uma vitória para cada lado. Porém, homem a homem, ninguém duvida que o Toulon seja mais time. O RCT tem veteranos de renome que estão em alta. Nas últimas partidas, as performances de Andrew Sheridan, Bakkies Botha, Chris Masoe (ídolo do Castres nos últimos anos), Juan Martin Fernández Lobbe, Danie Rossouw, no scrum, Jonny Wilkinson, Mathieu Bastareaud e Delon Armitage, na linha, impressionaram. Ninguém duvida que os rubronegros colocarão muita pressão sobre o Castres, sobretudo nos laterais e nos rucks. Entretanto, a força que o Castres demonstrou nas formações diante do Clermont, garantindo a posse de bola e impedindo que o poderoso oponente jogasse com as mãos, deixa qualquer adversário em alerta. Atletas como os sul-africanos Pedrie Wannenburg e Antonie Claassen (naturalizado francês), na terceira linha, o samoano Joe Tekori e o uruguaio Rodrigo Capó Ortega, na segunda linha, garantem que o Castres entrará em campo ciente de que poderá jogar em igualdade com qualquer oponente. Desta vez, o Toulon terá pela frente um adversário sem pressão e sem medo de arriscar e perder, confiante de que pode jogar em igualdade com seu oponente e livre de expectativas maiores. O mais perigoso cenário que o Toulon poderia ter pela frente.

 

Toulon quer jogar um Mundial de Clubes

Caso seja campeão do Top 14, depois de já ter conquistado a Heineken Cup, o Toulon irá propor a disputa de um Mundial de Clubes. O chefão do clube, Mourad Boudjellal, afirmou que irá convidar o campeão do Super Rugby para uma partida a ser realizada na cidade de Mônaco no fim do ano. Tal iniciativa foi realizada uma vez no passado, pelo Brive, também da França, campeão da Heineken Cup de 1997, que disputou naquele ano um jogo contra os Blues, da Nova Zelândia, campeões do Super Rugby. O desfecho do jogo foi uma vitória dos Blues por 47 x 11, em plena cidade de Brive, sendo a última vez que uma partida do tipo foi realizada.

 

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Top 14 – Campeonato Francês

Final – dia 1/6

Toulonversus copiarcastres

Toulon x Castres, em Paris – às 16h00 (horário de Brasília)