Brasil é eneacampeão sul-americano feminino!

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O Brasil se tornou eneacampeão sul-americano feminino neste domingo, batendo a Argentina na grande final por 27 x 14, fazendo a festa no Rio de Janeiro. Com o título, o Brasil garantiu sua segunda participação na Copa do Mundo de Sevens, que será realizada em junho, em Moscou, além de vaga nas etapas de Guangzhou e Amsterdã da Série Mundial de Sevens Feminina.

No torneio masculino, o título ficou com a Argentina, hexacampeão sul-americana, que devolveu na final a derrota do ano passado para o Uruguai. Os Teros, por outro lado, conquistaram a outra vaga sul-americana na Copa do Mundo. Já o Brasil garantiu a terceira posição do torneio, após empatar com o Chile e garantir a vantagem no critério de pontos marcados. Com isso, os Tupis garantiram classificação na etapa de Hong Kong da Série Mundial de Sevens, que contará com o torneio da segunda divisão mundial. Ao lado do Brasil, o Uruguai também lutará pela promoção à elite do circuito mundial.

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Brasil bate Paraguai e vai às finais

Após um primeiro dia de altos e baixos, o Brasil garantiu a classificação ao quadrangular final do torneio masculino com uma grande e promissora vitória sobre o Paraguai. O jogo começou excelente para o Brasil. Mantendo a posse da bola, os Tupis puderam explorar as pontas. Logo no início, Putim arrancou, deixou para trás a linha paraguaia e anotou o primeiro try do jogo. Pouco depois, foi a vez de Moisés atacar pela ponta e romper a defesa. Endiabrado na partida, Putim rouba a bola no campo ofensivo e crava seu segundo try na partida. Carlos Bareiro descontou para os Yacarés. Antes do fim, Gregg desferiu chute para o in-goal, mas não concluiu o try. 17 x 5 no primeiro tempo.

Na segunda etapa, Argaña fez mais um try para o Paraguai, levando o placar para perigosos 17 x 10. Porém, o Brasil estava focado, e a resposta foi instantânea. Moisés armou, se infiltrou e serviu Gregg para o try. E Putim matou o jogo, em grande arrancada para o quinto try. Mas, solidário, Putim entregou o try para Alemão. Fim de jogo, 29 x 10.

“A cabeça funcionou, confiamos mais na gente, fizemos o simples e o que treinamos, sem pressão”, apontou Putim. Já Portugal fez uma análise mais tática: “Tinhamos uma proposta de chegarmos equilibrados emocionalmente e com uma proposta inteligente nos chutes de saída”. Do lado paraguaio, Cuttier lamentou: “Fomos surpreendido no primeiro tempo e reagimos tarde de mais”.

Brasil caiu diante da Argentina no masculino, mas vai à final do feminino

Na abertura do quadrangular final masculino, Uruguai e Chile travaram uma batalha particular, que já contabiliza duas vitórias para os chilenos no ano. Contudo, no Rio Sevens, a vitória coube ao Uruguai. Cometendo muitos penais e erros de manuseio, o Chile se deixou dominar pelos Teros, que fizeram um try logo no início, com Berchesi, aproveitando o amarelo recebido por Gonzalez. No segundo tempo, Martinez fez o segundo try dos Teros, mas Jarufe descontou para os Cóndores e deixou o jogo em aberto. O Chile pressionou, mas não conseguiu a virada.

Na sequência, a Argentina vez jus ao favoritismo e aplicou 31 x 12 sobre o Brasil. Com 1 try de Moroni (após knock-on) e 2 de Migliore. 17 x 0 no intervalo. No segundo tempo, o Brasil reagiu e mostrou muita garra, fazendo 2 tries, com 2 tries de Alemão, mostrando muita categoria. 

Na semifinal feminina, o Brasil mostrou grande suerioridade, fazendo 34 x 0 sobre a Venzuela, em grande exibição. Baby, Xuxu e Edna fizeram 2 tries cada. No clássico do Rio da Prata, deu Argentina sobre o Uruguai no feminino. 17 X 7.

Fim do sonho de Moscou: Uruguai garante vaga na Copa do Mundo

O Uruguai conquistou a sua classificação à Copa do Mundo de Sevens de 2013 ao bater e eliminar o Brasil na segunda rodada do quadrangular. Na quinta vitória seguida no ano sobre os Tupis, os Teros começaram avassaladores, abrindo 10 x 0, com tries de Gibernau e Berchesi. No segundo tempo, o Brasil não foi capaz de equilibrar, e Berchesi cravou o terceiro try, apesar da suspeita de passe para frente. Moisés descontou no fim, mas a alegria foi uruguaia, com a terceira conquista seguida de vaga para a Copa do Mundo de Sevens. Na segunda partida, a Argentina eliminou o Chile da disputa superando os Cóndores por 14 x 0.

Segundo Luís Pedro Achard, técnico do Uruguai, “O principal acerto da equipe foi na atenção, nas saídas e no jogo aéreo que nos permitiu controlar as partidas com a posse de bola.”  

Argentina campeã, Brasil em Hong Kong

Na última rodada do quadrangular masculino, duas partidas com situações opostas. Primeiro, Brasil e Chile duelaram contra a última colocação e pela vaga no Hong Kong Sevens, a primeira etapa válida pela segunda divisão da Série Mundial de Sevens. O empate favorecia o Brasil, que chegou à partida com maior número de pontos anotados. Em campo, o primeiro tempo se mostrou absolutamente parelho, terminando em 0 x 0, com as duas equipes bem postadas defensivamente. Na segunda etapa, o Brasil quebrou a barreira vermelha, com Moisés rompendo a defesa chile para fazer o try brasileiro. Porém, o Chile estava vivo e, no último lance, conseguiu seu try, na persistência de Pablo Gonzalez. 7 x 7, mas sem tempo para a virada chilena. Empate, e apatia dos dois lados. Nenhum dos dois tinha consciência de quem havia terminada em terceiro lugar. A vaga era brasileira, e a festa logo se seguiu.

perguntado sobre a diferença desta equipe para a equipe que disputou o Sul-americano do ano passado, Daniel Gregg declarou “Acho que a maturidade do grupo, a gente conseguiu reunir todos os jogadores que tivemos na campanha de 2011 que foi um ano muito bom para a gente pensar, a gente conseguiu reunir esses jogadores que estão treinando e também tem os novos conceitos, conceitos mais atuais que os neozelandeses trouxeram.”

perguntado também sobre as mudanças desde o ultimo Sul-Americano, Fernando Portugal declarou “primeiro a gente veio com um time muito mais experiente do que o do ano passado, foi um ano depois do pan-americano que a gente vinha numa pegada muito violenta de treinos e dedicação total, tivemos muitas lesões, eu fiquei fora por uma cirurgia no ombro, o Tanque tava fora, o Moises tava fora. O time deu uma mudada e esse ano e a gente veio com força total, com o que a gente tinha de mais experiente no grupo; Eu acho que isso faz toda a diferença, a gente entra em um nível alto de jogo com Chile, Uruguai e Argentina e o fator emocional, o equilíbrio emocional de uma partida, saber tomar melhores as decisões as vezes faz mais diferença que o trabalho físico, técnico ou tático.” 

sobre as mudanças entre a seleção argentina que foi vice-campeã em 2012 para a atual, o técnico Andres Romagnoli declarou “Não há diferença, notamos que esse Sul-americano subiu muito (de nível). Sabemos o que tínhamos que fazer esse ano e aplicamos o nosso plano de jogo, assim creio que não há diferença porque o nível sul-americano tem melhorado.”

É enea!

No torneio feminino, o Brasil se sagrou eneacampeão, garantindo sua incencibilidade histórica e sua hegemonia com uma vitória incontestável sobre a Argentina por 27 x 14. O jogo parecia tranquilo no início, com o Brasil abrindo nada menos que 20 x 0 no primeiro tempo, com 2 tries de Xuxu – implacável – 1 de Julia Sardá – abrindo o caminho da vitória – e 1 de Tata. NO segundo tempo, no entanto, Las Pumas, comandadas pelo lendário Santiago Gomez Cora, reagiram com muito brio, fazendo 2 tries convertidos, com Xoana Sosa e Noelia Beillerbeck, após cartão amarelo recebido por Binha. Mas, a experiência brasileira garantiu a vitória no fim, com Julia cravando o try do título, afastando a ameaça alviceleste. Segue o tabu! Com o título, as Amazonas se garantiram pela segunda vez em uma Copa do Mundo de Sevens.

Sobre os aprendizados e conquistas que esse Sul-americano possibilitou ao Brasil, a capitã Julia Sardá declarou “Tivemos uma mudança de treinador em janeiro, com uma proposta diferente, de usar a criatividade, uma proposta mais inteligente e que a gente ta colocando em prática. Mas esse campeonato foi super importante para o futuro do rugby feminino no Brasil. porque qualifica a gente para competições fora da América do Sul e dá uma credibilidade maior para patrocinadores e, também, se a gente puder treinar mais tempo juntas, quem sabe assim elevar o rugby do Brasil aos dez melhores do mundo.”

Já Paula Ishibashi declarou “a gente sabe que tem capacidade para cada ano evoluir mais, melhorar nosso jogo, a nossa capacidade(…)Acho que a gente hoje esta descobrindo parte de todo o nosso potencial para o rugby. Cada ano que passa a gente vê que estamos subindo um degrau, visto que os outros times também estão melhorando, a gente tem que correr atrás, não podemos ficar acomodadas na zona de conforto, achando que vai ser fácil, não foi fácil, teve alguns anos que a gente não tomava try nenhum agora a gente já está começando a tomar try porque as outras equipes também estão correndo atrás, nosso foco é conseguir evoluir ao menos um degrau a cada ano e sentir em campo que a gente está conseguindo por em pratica tudo que a gente está treinando.”

Nas demais finais do torneio, com Uruguai e Colômbia prevalecendo. Os colombianos triunfaram tanto na decisão da Taça Bronze feminina como na masculina. No feminino, as colombianas superaram as chilenas por 19 x 5, diminuindo a frustração da eliminação precoce, enquanto no masculino os Tucanos bateram os Waris peruanos por 19 x 14. Já o Uruguai superou a Venezuela na decisão da Taça Prata feminina por 17 x 5.

Na decisão do 7º lugar masculino, o Paraguai venceu a Venezuela, miniminzando a derrota inesperada diante do Peru na semifinal da Taça Bronze por 14 x 7, enquanto no 7º lugar feminino deu justamente Peru sobre o Paraguai. Por fim, a Copa Estimulo, a decisão do nono lugar masculino, a Guatemala superou de virada o Equador por 19 x 17.

Rio Sevens – Campeonato Sul-Americano de Sevens

Masculino

Grupo A: Brasil, Uruguai, Paraguai, Venezuela e Guatemala

Grupo B: Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Equador

Feminino

Grupo A: Brasil, Argentina, Chile e Peru

Grupo B: Uruguai, Colômbia, Venezuela e Paraguai