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Edna Santini, destaque da seleção brasileira feminiina e do São José, é a entrevistada desta semana do Portal do Rugby! Edninha analisou a campanha do Brasil na última etapa da Série Mundial de Sevens Feminina, na China, torneio histórico para a seleção brasileira, que alcançou sua melhor posição no circuito até aqui. Imperdível!
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Na China, a seleção brasileira alcançou sua melhor colocação até aqui na Série Mundial de Sevens Feminina. A que se deve a evolução da equipe, de Dubai a Guangzhou? Quais foram as melhoras observadas na equipe?
O comprometimento das atletas, a união e confiança no trabalho dos treinadores foi o que levou a esse grande crescimento. Cada torneio tem seus pontos bons e ruim, o que vai nos ajudando a aprender e a manter os pontos bons e resolver os ruins. A parte física e a disciplina tática são pontos para serem ressaltados.
Como foi enfrentar a Nova Zelândia na primeira partida?
Foi muito bom, era um jogo difícil e não podiamos entrar de bobeira. Entramos focadas, ligadas e dispostas a fazer um grande jogo frente a elas. Elas podiam ter o melhor físico e qualidades que ainda estamos desenvolvendo, mas eram de carne e osso como a gente e podiam estar em um dia ruim, o que nos daria a oportunidade de acreditar no nosso potencial e botar em prática o nosso plano de jogo e surpreendê-las.
Na sequência, veio um histórico empate com a Holanda, mas que poderia ter sido uma vitória. Como você vê a evolução do Brasil nessa partida? O que faltou para vencer as holandesas e a que se deveu o empate delas no fim? E sobre o seu try, como foi o momento?
Foi um grande jogo. Entramos impondo nosso jogo e ritmo e indo para cima, tentando surpreendê-las e executando o plano de jogo. Não podiamos deixar elas jogarem e gostarem do jogo, pois é uma seleção de grandes qualidades. Conseguimos admistrar grande parte do jogo e estar na frente no placar. Por alguns erros bobos deixamos o empate acontecer. Elas tinham meninas de muita qualidade e que podiam virar o jogo a qualquer momento. Em um desse erros, essas meninas aproveitaram e marcaram contra nós. Acredito que houve um pouco de falta de calma no final, o que nos fez errar e ceder o empate. Fazer um try num circuito mundial é maravilhoso, foi um momento muito especial e em um grande jogo. Foi meu primeiro try em circuito mundial e fiquei muito feliz em poder ajudar o time.
Diante da Tunísia, o Brasil venceu com folga, e você fez mais um try. Conte-nos mais sobre essa partida.
Depois de uma grande partida contra a Holanda, que nos deu mais motivação, entramos mais confiantes e sabiamos que se jogássemos bem e aplicassemos o plano de jogo sairíamos com a vitória. Não conhecíamos bem o jogo da Tunísia e muitas das meninas nunca jogaram contra elas. Então, tudo era muito novo, e com isso entramos confiando no nosso jogo e em nossas qualidades. E em mais uma vez pude contribuir e ajudar na vitória do Brasil sobre a Tunísia, conquistando nossa primeira vitória no torneio.
No segundo dia, o Brasil foi superado por Canadá, Holanda e Austrália, com placares mais elásticos. Como você analisa o segundo dia brasileiro?
Classificadas para o Top 8 do torneio, enfrentariamos grandes seleções e com grande nível técnico. Conseguimos nos classificar em 7° lugar, assim tendo que jogar contra o Canadá no dia seguinte pelas quartas-de-final. O Canadá é uma potência no Rugby e seria duro o jogo, entramos tentando fazer o nosso melhor. Contra a Holanda sabíamos que podíamos fazer mais um grande jogo. Demoramos pra entrar no clima do jogo e para impor nosso ritmo. Elas aproveitaram as oportunidades e nos venceram. O segundo dia foi bom tanto quanto o primeiro, apesar das derrotas frente ao Canadá e Holanda, encerramos nossa participação no torneio fazendo um grande jogo contra a forte equipe da Austrália, que terminou em 7 x 5. Apersar da derrota saimos de campo com a sensação de vitória.
Qual o seu balanço geral do torneio na China? E quais as expectativas para o torneio na Holanda? O que precisará ser trabalhado até lá?
Foi uma das etapas mais fortes, pois estavam participando as equipes classificadas para o Mundial em Moscou. Foi um grande torneio e com uma excelente atuação do Brasil. Conquistamos o respeito de todos os outros times e cada vez mais vamos trabalhar para melhorar e evoluir. A expectativa para a Holanda é de fazer melhor que na etapa da China, chegar bem mais preparadas e fazer grandes jogos. Para melhorar é preciso continuar o trabalho duro, treinar o físico e habilidades individuais, estudar os jogos e adversários, chegar unidas e fortes como grupo e individualmente.
Você vem sendo considerada um dos destaques do Brasil no ano. Poderia nos contar um pouco mais sobre como vem realizando seu trabalho e sobre suas metas pessoais? Estamos em ano de Copa do Mundo, mais um grande torneio vem pela frente.
Obrigada. Treino, alimentação e descanso são pontos importantes para um bom rendimento. Estou tentando executar esses pontos da melhor maneira possível, além de treinar e desenvolver minhas habilidades individuais. Quero continuar com o trabalho duro para evoluir e, assim, poder fazer bons jogos e conquistar umas vaga para o Mundial. Para isso, confio nos treinadores e executo o que eles passam para, assim, me preparar para uma possível convocação.