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matt turner

A Inglaterra renasceu das cinzas de péssimas campanha no fim de 2012 e conquistou seu primeiro título na temporada 2012-3. Os ingleses superaram a sensação Quênia na prorrogação da grande final, fazendo 24 x 19. O Quênia jamais ganhou um título de etapa na Série Mundial de Sevens. Os quenianos tiveram tudo para conquistaram a inédita taça, mas cederam o empate nos acréscimos do segundo tempo e foram superados pelos ingleses na prorrogação.

A anfittriã Nova Zelândia caiu nas semifinais justamente diante do Quênia, em jogo memorável, e ficou com o terceiro lugar após bater Samoa. A Taça Prata (Plate) ficou com a Austrália, a Bronze (Bowl) com o Canadá – batendo o decepcionante Fiji, que fez seu pior torneio na história – e a Madeira (Shield) com Gales.

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Com os resultados em Wellington, a Nova Zelândia aumentou sua vantagem na liderança da classificação geral, somando 77 pontos. A vice-liderança passou para as mãos do Quênia, seguido de Samoa. A França, ex-vice-líder, caiu para a quarta colocação, com os mesmos pontos de Fiji e África do Sul. A Inglaterra subiu para a oitava posição, colocando-se imediatamente abaixo da Argentina.

A próxima etapa será em Las Vegas, Estados Unidos, entre os dias 8 e 10 de fevereiro.

 

Supresas e equilíbrio marcam início do Wellington Sevens

Muitas surpresas e grande equilíbrio marcaram o primeiro dia de jogos do Wellington Sevens. O grande destaque ficou por conta da eliminação de Fiji ainda na primeira fase pela primeira vez na história do circuito (um presentão ao público neozelandês presente no festivo dia na capital do país). Com elenco renovado, os fijianos não conseguiram se encontrar em campo, perdendo logo na abertura do Grupo D para a Escócia, última colocada na classificação geral até então. Os escoceses venceram por 14 x 12, com tries de Fedo e Turnbull. Na segunda rodada, a Escócia voltou a vencer, batendo Portugal por 19 x 17 e garantindo sua classificação. Depois, foi a vez da Austrália – que já havia batido Portugal – de assegurar sua vaga. Os australianos não deram chances aos cambaleantes fijianos e garantiram 21 x 12. Mostrando um rugby muito melhor que o das etapas anteriores, a Austrália ainda assegurou o primeiro lugar batendo a Escócia.

No Grupo B,  a França, então vice-líder da temporada, também foi eliminada da disputa pelo título na primeira fase. Os franceses foram superados na primeira partida do grupo pelo Quênia, por 28 x 14, com 3 tries para os africanos na segunda etapa, virando o placar. Os quenianos, liderados por Colins Injera, ainda bateram a Argentina e Tonga, garantindo a primeira posição. Na decisão da segunda vaga, os Pumas derrotaram os Bleus por 17 x 14, graças a um penal chutado por Javier Rojas no finzinho.

Pelo Grupo A, a Nova Zelândia também foi surpreendida, sendo derrotada pela Inglaterra na primeira partida: 19 x 14. Matt Turner foi o destaque da vitória inglesa, fazendo 2 tries sobre os All Blacks. Na segunda rodada, no entanto, a Inglaterra voltou a mostrar a instabilidade que a vem assolando ao longo da temporada, e ficou no empate de 12 x 12 com os Estados Unidos, com Maka Unufe empatando a partida já nos acréscimos para os estadunidenses.  Porém, sem sustos, os ingleses garantiram o primeiro lugar, fazendo 28 x 5 sobre os espanhóis.

Por fim, no Grupo C, o susto ficou por conta da África do Sul, que conseguiu se classificar apesar de duas derrotas. Os Blitzboks foram derrotados logo na primeira partida contra a reforçada seleção de Samoa: 19 x 10 no marcador, de virada, após os sul-africanos fazerem 10 x 0 no primeiro tempo. Na segunda rodada, a África do Sul foi solenemente derrotada pelo Canadá, 26 x 15, com Sean Duke guardando 2 tries. A classificação dos sul-africanos veio com 21 x 0 sobre Gales, se aproveitando da derrota anterior do Canadá contra os galeses.  Já Samoa garantiu sua vaga ao bater Gales por 19 x 12. Tailua, nos acréscimos, fez o try da vitória, em grande arrancada. A primeira colocação ficou com Samoa, que venceu também galeses (19 x 12) e canadenses (26 x 12).

 

Nova Zelândia, Inglaterra, Samoa e Quênia em alta

As quartas-de-final menores (9º ao 16º lugares) abriram o segundo dia de jogos em Wellington. Pela primeira vez na história disputando a Taça Bronze (Bowl), Fiji venceu os Estados Unidos por 29 x 12, sem brilhar. Com a vitória, Fiji se qualificou para enfrentar a França, que brilhou após a eliminação precoce. Os franceses fizeram uma grande exibição diante de Gales, fazendo 33 x 12, com 3 tries de Candelon. No clássico ibérico, a Espanha levou a melhor sobre Portugal com um try no último lance: uma pintura do artilheiro Pedro Martin, iniciada com um chute longo muito inteligente. Já o Canadá não teve problemas para passar por Tonga. 

A disputas das quartas-de-final principais começaram com um passeio inglês contra a rival e surpreendente Escócia. 31 x 7, com Dan Norton implacável. Na segunda partida, Samoa passou com tudo por cima da Argentina, também 31 x 7.

Na sequência, o clássico da Oceania entre Austrália e Nova Zelândia foi um jogo de um time só. Com grande atuação do novato Gillies Kaka, os All Blacks fizeram 24 x 5, sem sustos. Na última partida, o Quênia bateu a África do Sul por 21 x 20 em jogo emocionante. Os Blitzboks saíram na frente, mas os quenianos buscaram a virada com um try no fim de Ambaka, na velocidade, para o delírio da torcida neozelandesa.

 

Quênia assombra a Nova Zelândia e vai à final

Dois grandes jogos foram reservados para as semifinais de Wellington. Primeiro, a Inglaterra espantou seus fantasmas da temporada e bateu Samoa para chegar à grande final. Aiono e Tupou abriram boa vantagem para Samoa no início, mas a Inglaterra reagiu com 2 tries de Lewis-Pratt ainda no primeiro tempo. No segundo tempo, Marcus Watson abriu vantagem para os britânicos, que sofreram com um esboço de reação samoana, com try no fim de Lio Lolo. Porém, pela diferença de uma conversão, a Inglaterra garantiu o triunfo por 21 x 19.

Na sequência, o Quênia produziu mais um grande choque no torneio. Como esperado, os anfitriões neozelandeses começaram na frente dos africanos, com tries de Tomasi Cama e Mikkelson, fazendo 14 x 0 antes do intervalo. O Quênia reagiu com muito brio na segunda etapa. Oskar Ouma descontou no início do período, deixando a peleja em aberto, 14 x 7. No fim do jogo, o Quênia obteve a posse da bola, e a trabalhou por quase 2 minutos além do tempo regulamentar, encontrando o ty do empate heróico com Collins Injera. Na prorrogação, o Quênia roubou uma posse de bola decisiva, e Oscar Ouma rompeu a defesa dos All Blacks para fazer o try de ouro histórico. 19 x 14.

Nas demais taças, Gales e Tonga alcançaram a Final Madeira, passando por Estados Unidos e Portugal, respectivamente. Na Taça Bronze, Fiji venceu a França por 19 x 17 no duelo das decepções, enquanto o Canadá passou fácil pela Espanha. Já na Prata, a Escócia manteve seu ótimo momento e atropelou a Argentina por 35 x 5, ao passo que a Austrália venceu com contundência a África do Sul por 28 x 12.

 

Gales, Canadá e Austrália levantam taças menores

Na disputa da Taça Madeira (Shield), o País de Gales começou muito mal diante de Tonga, saindo atrás no placar por 21 x 0. Porém, cientes da importância dos pontos em disputa, Gales reagiu e conseguiu uma heróica virada, fazendo 26 x 21.

Na decisão da Taça Bronze (Bowl), Fiji enfrentou o Canadá, e a ingrata novidade de disputar apenas o 9º lugar levou Fiji a mais uma fraca atuação. O Canadá, por outro lado, encarou o duelo como sua afirmação no circuito, e passou por cima dos desestimulados fijianos! Com 2 tries de Taylor Paris, 1 de Sean Duke e 1 de Moonlight, no fim, os Canucks se impuseram, com 28 x 19, fazendo a festa.

Na final da Taça Prata (Plate), a Austrália não teve problemas para passar pela Escócia. Com um atleta suspenso logo no início, os escoceses não se encontraram no jogo, e os australianos tiveram a tranquilidade para fazer 22 x 7.

Já na disputa do 3º lugar, deu Nova Zelândia. Os All Blacks se despediram de seu público com uma boa vitória sobre Samoa por 17 x 7, com 2 tries do novato Gillies Kaka.

 

Inglaterra renasce e priva Quênia do primeiro título

Os ingleses começaram com tudo a grande final, fazendo 2 tries logo no início, com Norton e Lewis-Pratt. 12 x 0. Porém, em busca de um título inédito, o Quênia reagiu e passou a dominar a partida, virando o placar ainda na primeira etapa, com tries de Otieno, Ouma (em linda arrancada) e Ambaka; No segundo tempo, o Quênia pagou pelos cartões amarelos, e o fim de jogo se tornou dramático. Após tackle salvador de Ouma, o Quênia teve tudo para por um fim na partida, com a posse da bola já com o tempo esgotado. Porém, os ingleses arrancaram o turnover, e Lewiss-Pratt empatou a peleja nos acréscimos, 19 x 19.

O Quênia iniciou a prorrogação com um homem a menos, e a desvantagem fez diferença. A Inglaterra atacou pela ponta e Sam Edgerley cravou o try doe ouro do título! 24 x 19.

 

wellington sevens 2013sevens world series

Wellington Sevens – 4ª etapa da Série Mundial de Sevens – em Wellington, Nova Zelândia – para ler nossa prévia, clique aqui

Grupo A: Nova Zelândia, Estados Unidos, Inglaterra e Espanha

Grupo B: França, Argentina, Quênia e Tonga

Grupo C: África do Sul, Gales, Samoa e Canadá

Grupo D: Portugal, Fiji, Austrália e Escócia

Clique aqui para acessar a lista final de atletas de todos os times para o Wellington Sevens

 

Quinta-feira, dia 31 de janeiro / Sexta-feira, dia 1 de fevereiro

França 12 x 24 Quênia

Argentina 21 x 12 Tonga

África do Sul 10 x 19 Samoa

Gales 26 x 17 Canadá

Portugal 5 x 24 Austrália

Fiji 12 x 14 Escócia

Nova Zelândia 14 x 19 Inglaterra

Estados Unidos 5 x 10 Espanha

França 33 x 7 Tonga

Argentina 0 x 12 Quênia

África do Sul 15 x 26 Canadá

Gales 12 x 19 Samoa

Portugal 17 x 19 Escócia

Fiji 12 x 21 Austrália

Nova Zelândia 36 x 5 Espanha

Estados Unidos 12 x 12 Inglaterra

Quênia 17 x 10 Tonga

Samoa 26 x 12 Canadá

França 14 x 17 Argentina

Austrália 29 x 5 Escócia

Inglaterra 28 x 5 Espanha

África do Sul 21 x 0 Gales

Portugal 7 x 24 Fiji

Nova Zelândia 17 x 10 Estados Unidos

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Melhores momentos do primeiro dia:

 

Sexta-feira, dia 1 de fevereiro / Sábado, dia 2 de fevereiro

Finais – das 22h00 às 7h00

Quartas-de-final menores

Espanha 26 x 19 Portugal

Canadá 28 x 5 Tonga

Fiji 29 x 12 Estados Unidos

França 33 x 12 Gales 

 

Quartas-de-final maiores

Inglaterra 31 x 7 Escócia

Samoa 31 x 7 Argentina

Austrália 5 x 24 Nova Zelândia

Quênia 21 x 20 África do Sul

 

Semifinais Taça Madeira (Shield)

Portugal 7 x 17 Tonga

Estados Unidos 15 x 17 Gales

 

Semifinais Taça Bronze (Bowl)

Espanha 7 x 31 Canadá

Fiji 19 x 17 França

 

Semifinais Taça Prata (Plate)

Escócia 35 x 5 Argentina

Austrália 28 x 12 África do Sul

 

Semifinais Taça Ouro (Cup)

Inglaterra 21 x 19 Samoa

Nova Zelândia 14 x 19 Quênia

 

Final Taça Madeira (Shield)

Tonga 21 x 26 Gales

 

Final Taça Bronze (Bowl)

Canadá 28 x 19 Fiji

 

Final Taça Prata (Plate)

Escócia 7 x 22 Austrália

 

3º lugar Taça Ouro (Cup)

Samoa 7 x 17 Nova Zelândia

 

Final Taça Ouro (Cup)

Inglaterra 24 x 19 Quênia

 

Melhores momentos do segundo dia: